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Das areias de Guarapari para as telonas do Brasil
Por Glenda Machado
Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 17:52
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“Como areia do mar” é o seu trabalho mais recente. Um documentário que traz as memórias de três senhoras cujas histórias se misturam e convidam o telespectador para uma autorreflexão. Um projeto de conclusão de curso que ganhou os holofotes em novembro no Festival de Cinema de Vitória. Uma produção de Raphael Sampaio. Um talento da nossa terra que está brilhando nas telonas pelo Brasil.
Natural de Guarapari, mora há seis anos em Vitória. Foi para a capital atrás do seu sonho de se ingressar no mundo da sétima arte. É formado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Espírito Santo. “O curso de cinema acabava de ser criado na Ufes. Vivi as adversidades de um curso iniciante, mas pude encontrar professores com muita vontade de fazer o melhor dentro da sala de aula”, lembra Raphael.
A paixão surgiu da curiosidade em conhecer e aprender a fazer os efeitos especiais que prendiam a sua atenção na infância. Na juventude, já havia se aventurado pelo mundo das filmagens caseiras e até pegou alguns trabalhos como freelance de editor de vídeo. Detalhe: aprendeu sozinho com tutorais na internet. “Essa prática só aumentou a minha vontade de fazer cinema, fortaleceu a certeza de que era o que eu queria fazer”.
Na faculdade, participou de diversas produções de curtas-metragens como “Eu, Mulher”, “Coisa de Menino”, “Inconstância”, “Blind Spot”, “Beto”, “Romance à La Nelson”, “Momentos do Ócio”, “Escudos”. “Curtas simples a priori, mas que com a prática e o aprendizado fizeram nossos filmes serem selecionado para festivais de cinema universitários e competitivos de todo o Brasil”.
Mas ele não esconde que o seu xodó é o documentário “Como areia do mar”. “Foi o que mais gostei de fazer, porque eu tinha o controle do processo e tive mais liberdade nas escolhas”. Além de documentário, ele também gosta de ficção. “Escrever histórias e dirigir é minha paixão. A possibilidade de transformar uma ideia em algo material e com ele tocar e modificar pessoas é muito especial”.
E no roteiro da sua vida, o final já é cantado: “continuar trabalhando com cinema e me especializar mais ainda em direção”. A porta já foi aberta com o Festival de Cinema de Vitória. “Poder exibir o meu filme ao lado de tantos diretores e cineastas brasileiros importantes foi uma experiência única. Viver de cinema realmente é algo muito difícil, principalmente no Espírito Santo. Mas os novos cineastas estão chegando com um novo fôlego e mudando a cara do nosso cinema”.
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