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Manifestantes não fecham ponte e nem causam depredação em Guarapari
Por Criação HM Propaganda
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 19:27
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Paz. Foi o que os manifestantes que passaram pela ponte de Guarapari pediram às autoridades da segurança pública. Munidos de balões brancos e pretos, eles caminharam do bairro Adalberto Simão Nader, passaram por Muquiçaba e Centro e retornaram para casa.
Por causa do medo da manifestação, lojistas resolveram baixar as portas mais cedo em Muquiçaba e no Centro e o cenário novamente foi de cidade deserta nas ruas de Guarapari, mas os manifestantes só querem paz e justiça pela morte do pequeno Adriano, vitima de uma bala perdida na tarde de ontem. Veja aqui.
Os ônibus foram recolhidos mais cedo por medo de depredações, como as que estão ocorrendo em Vila Velha e Vitória, mas os manifestantes percorreram todas as ruas cantando hinos de louvor. O medo que foi disseminado durante todo o dia pelos grupos de whatsapp e outras redes sociais se mostrou desnecessário, pois os manifestantes queriam expressar sua indignação em forma de caminhada e com balões.
Durante todo o percurso eles foram seguidos de perto por soldados do exército e até pela tropa de choque e helicóptero, mas outra vez, eles não se importaram e só pediram paz.
Alguns poucos moradores que viram a passagem da manifestação pacífica, aplaudiram a postura e a disciplina que eles mostraram nas ruas e também homenagearam o pequeno Adriano. Agora eles retornam para o bairro de periferia que só recebe segurança quando há mortos ou feridos.
Não existem praias no bairro Adalberto Simão Nader, nem hotel de luxo, mas tem trabalhador e gente honesta de sobra, talvez por isso eles não estejam vendo tantos militares quanto gostaria, com exceção da passeata, quando o número de soldados do Exército do Brasil ultrapassou a quantidade de manifestantes.
Agora a comunidade se prepara para receber e velar o corpo do pequeno Adriano, que deve chegar a qualquer momento. Eles vão chorar, se lamentar e enterrar a criança, mas amanhã sairão para trabalhar como em qualquer outro dia, pois eles não podem se dar ao luxo de ficarem com medo trancados em casa.
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