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Rafael e Xonado: dois campeões da vida
Por Redacão Folha Vitória
Publicado em 4 de maio de 2017 às 19:49
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Rafael Martins e Elilson Piedade, mais conhecido como Xonado, são duas pessoas que por motivos diferentes, encontraram no Jiu-jitsu uma nova motivação viver. Rafael por causa de complicações no parto, teve paralisia cerebral e tem sérios problemas de locomoção. Já Xonado, perdeu parte de uma perna em um acidente de moto pouco tempo depois de começar a lutar.
Os dois, que são amigos, encontraram no tatame a força para superar as dificuldades impostas pela vida e hoje não largam o quimono por nada.
Rafael, com 25 anos, está no último ano da Faculdade de Educação Física, faz estágio e ainda arruma um tempo para praticar o esporte preferido. Mas para isso ele teve que enfrentar muita resistência e preconceito.
Uma complicação no parto fez com que o cérebro dele ficasse privado de oxigênio durante alguns minutos e isso comprometeu seu desenvolvimento físico, mas isso não o impediu de sempre ir atrás do que queria.
“Muita gente falou que eu não conseguiria fazer um monte de coisa. Uma professora disse que eu nunca iria ser alfabetizado, mas eu fui em frente e estou no último ano da faculdade. Eu conheci o Jiu-jitsu ainda na adolescência através de alguns amigos. Um deles abriu uma academia e passei a treinar lá. Já participei de vários campeonatos e treino sempre que posso”, conta orgulhoso.
Mas entre estagio e faculdade, sobra pouco tempo para os treinos. “Ontem fiquei na dúvida se ia treinar ou ficava em casa estudando para a prova de hoje. Acabei ficando para estudar, mas morrendo de vontade de ir para a academia”, conta rindo.
Acidente, amputação e quatro paradas cardíacas
No caso de Xonado, apelido adquirido ainda na infância, a superação veio na idade adulta. Na virada do ano de 2009 para 2010 um carro na contramão acertou em cheio a moto que ele pilotava.
Depois de ser socorrido, Xonado sofreu duas paradas cardíacas e por pouco não sobrevive. No final, ele tinha perdido parte da perna esquerda. Nesta época, o atleta já lutava há um ano e participava de vários campeonatos, sempre se destacando.
“Depois do acidente foi muito difícil. Eu não queria sair de casa, tinha vergonha da minha situação… Os meus amigos praticamente me forçaram a sair de casa e ir para a academia com eles, para voltar a treinar. Devo a retomada da minha vida ao Jiu-jitsu”, relembra.
Depois de um período de adaptação sob a nova condição ele voltou a treinar forte e até a última semana estava de viajem para participar de um dos maiores campeonatos do mundo, realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Sobre o que representa o Jiu-jitsu para ele? “Muito mais do que um esporte. Foi a forma que encontrei para superar o trauma e seguir em frente”, finalizou.
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