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Do Rúgbi ao tênis de mesa: esportes em ascensão no Brasil
Por Glenda Machado
Publicado em 19 de maio de 2017 às 14:10
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Que o Brasil é o país do futebol, disso ninguém duvida. Várias conquistas que perduram durante décadas colocam o país no topo do mundo quando o assunto é o esporte jogado com os pés nos gramados mundo afora. Mas pouca gente deve saber que em outros esportes, entre eles o futsal e o tênis de mesa, o país também brilha, não apenas pelas conquistas profissionais, mas também pelo grande número de adeptos e praticantes em todo o território nacional. Confira algumas modalidades que vêm fazendo a cabeça dos brasileiros nos últimos anos.
Rúgbi
Facilmente confundido com o Futebol Americano, o rúgbi nasceu no Reino Unido no século XIX e se tornou febre no Brasil nos últimos anos. Com cerca de 70 mil praticantes, o Rúgbi é o esporte que mais cresce em nosso país, de acordo com a empresa de consultoria e auditoria Deloitte, que lançou a pesquisa “Muito além do futebol – um estudo sobre esportes no Brasil”. Atualmente o Brasil possui centenas de times profissionais e amadores de rúgbi, e a modalidade se tornou um evento muito lucrativo em todo o país.
“O orçamento do Rúgbi no Brasil saltou de R$ 30 mil, em 2010, para R$ 17 milhões em 2014, o mesmo do handebol, que levou três décadas para atingir esse patamar. A lista de patrocinadores do rúgbi aumentou para 17 empresas, como o Bradesco e a Unilever, que vão investir no primeiro centro de formação de atletas da modalidade”, explica Sami Arap, presidente da Confederação Brasileira de Rúgbi. Criada nos anos 1970, a Confederação Brasileira de Rúgbi organiza competições em várias partes do país, entre eles o Campeonato Brasileiro de Rugby XV (Super 8).
Futsal
Com cerca de 10 milhões de praticantes no país, estima-se que o futsal seja um dos cinco esportes mais praticados no Brasil. O país possui cerca de 60 clubes federados e a Taça Brasil é a principal competição nacional da modalidade. “Pro futsal é importante que exista apoio dos clubes de futebol, é uma maneira de chamar mais público e mídia. O grande sucesso do futsal é o que os clubes são empresas. Com empresas investindo por trás, a tendência é que a modalidade se mantenha muito forte”, explicou o ala Falcão, jogador do Sorocaba, uma das principais equipes de futsal do país. A Taça Brasil de Futsal é a mais tradicional competição da modalidade no mundo. O Brasil é o grande expoente do futsal mundial, com cinco títulos mundiais.
Basquete
Terceiro esporte mais popular do país na história, o basquete é outra modalidade que cresce de vento em popa no Brasil. O campeonato nacional, chamado de Novo Basquete Brasil (NBB), ajuda a alavancar a prática do esporte entre os mais jovens. Novos treinadores, entre eles José Neto, Gustavo de Conti e Bruno Savignani, foram buscar conhecimentos na Europa e, claro, na NBA, a Liga Nacional dos Estados Unidos, entre os motivos do crescimento da prática do esporte no país.
Com jogadores brasileiros brilhando no exterior, como Leandrinho, Anderson Varejão e Marcelinho Huertas, o esporte da bola laranja representa 9 milhões de pessoas no Brasil, entre fãs e praticantes. Clubes como o Flamengo, no Rio de Janeiro, e Franca e São José, em São Paulo, são os que mais investem na modalidade no país. Os números dos campeonatos brasileiros se referem às semifinais do NBB, e o confronto mais aguardado é entre o Bauru e o Pinheiros. Para os apostadores, o Bauru é o favorito para chegar à final, com 66,2% de chances de vitória.
Tênis de Mesa
Outro esporte advindo do Reino Unido, assim como o Rúgbi, o tênis de mesa é o terceiro esporte mais praticado no país. Muito popular nas escolas, o tênis de mesa chega a contar com doze milhões de praticantes em todo o Brasil, e as federações possuem com mais de 20 mil atletas cadastrados, segundo pesquisas recentes.
“Acredito que colocando o tênis de mesa nas escolas, com orientadores, podemos elevar ainda mais o número de praticantes. O nosso principal objetivo é colocar o tênis de mesa nas escolas públicas, nas comunidades carentes e em projetos de inclusão social e esportiva”, explica Hugo Hoyama, um dos expoentes do tênis de mesa no país.
Natação
Cerca de 11 milhões de pessoas praticam natação no país. A influência vem dos grandes campeões na modalidade, como César Cielo e Thiago Pereira, medalhistas olímpicos, além de outros bons resultados dos atletas na modalidade, que ajudam no crescimento do esporte. E a natação no mar ganhou um grande números de adeptos, principalmente no Rio de Janeiro, em sua maioria atletas amadores. O reconhecimento da maratona aquática como modalidade olímpica, em 2005, também ampliou o número de nadadores e estimulou a prática do esporte nas águas. Hoje, são cerca de cinco mil praticantes de natação no mar na Cidade Maravilhosa, segundo a Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro.
A modalidade é alavancada também pelo crescimento de números de paratletas, que aumentou devido ao sucesso do Brasil nas competições de natação nas Paralimpíadas da Rio-2016.
Esportes participativos: conceito em crescimento
O conceito de esporte participativo pode ser caracterizado por iniciativas socioesportivas voltadas para a população, com o objetivo de gerar atividades complementares que estimulem, o lazer, a saúde e o bem estar social. Nessa questão, o mercado brasileiro de esportes participativos segue em expansão e atrai adeptos de modalidades como corrida de rua, triathlon, ciclismo, vôlei de praia e skate, entre outros. Ou seja, inclui pessoas que pagam para participar de eventos e competições e cuja demanda tem sido muito grande, tanto no interesse do público participante quanto dos patrocinadores.
“No segmento de corridas de rua, o Brasil teve mais de um milhão de pessoas inscritas em 800 eventos só em 2013, e movimentou R$ 113 milhões entre inscrições e patrocínio”, explica Felipe Telles, diretor operacional da Norte Marketing Esportivo, empresa especializada em esportes participativos na América Latina. “No mercado brasileiro, o segmento de corridas a pé deve chegar ao ano de 2020 com 1600 eventos e mais de três milhões de pessoas inscritas em diferentes provas”, calcula Felipe.
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