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Preso em Guarapari homem que se apresentava como “delegado do meio ambiente”
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 18 de julho de 2018 às 16:06
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Um homem foi preso, na manhã desta quarta-feira (18), ao se passar por delegado do meio ambiente. O flagrante aconteceu em frente à Delegacia Regional de Guarapari, ele usava carteira funcional, além de carro caracterizado e até colete com o Brasão Nacional.
Conhecido como delegado Freitas, João Batista Freitas, desde setembro do ano passado, participa de algumas ações do meio ambiente na cidade. Inicialmente apoiando as incursões da prefeitura e depois contra algumas ações do Executivo municipal.
Na manhã de hoje (18), ele estava na delegacia para dar apoio a uma mulher que foi trazida depois de agredir verbalmente uma funcionária da empresa responsável pelo corte de uma castanheira na Prainha de Muquiçaba. Os trajes usados por Freitas chamaram a atenção do delegado plantonista, que lhe pediu a identificação.
Ao ver que a carteira funcional apresentada pelo falso delegado tentava imitar a de um delegado de verdade, o plantonista deu voz de prisão ao homem. “Ele estava na frente da delegacia se passando por delegado, com colete, carro caracterizado até com giroflex. É inaceitável isso. Tive que tomar uma atitude”, explicou o delegado Marcos Nery.
O carro do falso delegado também tinha rádio comunicador e brasões muito parecidos com o Brasão Nacional, o que configura falsificação de símbolos nacionais. Somado a isso, por se apresentar como delegado, o homem também foi autuado por usurpação de função pública.
Para piorar a situação, a secretária de comunicação da Prefeitura de Guarapari, Geórgia Gonçalves, contou que foi procurada pelo “delegado Freitas”, em setembro do ano passado, que ofereceu uma parceria para ações conjuntas de combate a crimes ambientais e, ao término da reunião, ofereceu um acordo comercial para duas revistas que ele possui. “Em setembro do ano passado ele foi até a prefeitura e conversou comigo, se apresentando como delegado, jornalista e pastor. Disse que tinha ido lá sob orientação de um senador (que depois negou conhecê-lo) e que já tinha fiscalizado vários crimes ambientais na região sul e, em Guarapari, especialmente, tinha constatado várias práticas contra o meio ambiente e que gostaria de fazer um trabalho integrado com o Executivo. No final da conversa, ele apresentou duas revistas dele e falou que, se nós quiséssemos divulgar ações da prefeitura, era para ficarmos à vontade e ofereceu uma proposta de mídia”, contou.
E continuou: “Ele chegou a participar de algumas reuniões com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e participou de algumas ações. Depois disso ele voltou a cobrar por anúncios e começou a ficar cada vez mais incisivo nas cobranças. A partir daí, comecei a desconfiar e parei de atendê-lo. Ele ficou chateadíssimo, buscou a oposição e começou a mostrar que estava lutando pelas causas ambientais, que culminou com esta defesa do corte da castanheira da Prainha”, concluiu a secretária.
Devido as novas regras adotadas pela Polícia Civil em todo o Estado, não foi possível conversar com o detido.
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