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Manhã de debates e esclarecimentos no Fórum sobre Violências Contra Mulheres em Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 28 de março de 2019 às 18:29
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O evento foi realizado em colaboração entre a Secretaria Municipal de Trabalho, Assistência e Cidadania (Setac) e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM)
O I Fórum Municipal sobre o Enfrentamento as Violências Contra as Mulheres debateu sobre ações das redes de enfrentamentos sobre essas violências. O Fórum, que aconteceu nesta quinta-feira (28) no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), contou com um público diverso com representantes da Organização dos Advogados do Brasil (OAB), do poder judiciário, da segurança pública, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e da sociedade civil organizada.
Edineia Conceição de Oliveira, presidente do CMDM, relatou a importância sobre a rede de enfrentamento. “A rede é formada pelo conjunto saúde, educação, assistência, Conselho, sociedade civil organizada e OAB. Cada grupo que compõe essa rede tem uma responsabilidade”.
A presidente falou que o aparato para combater esse tipo de violência está funcionando em Guarapari, mas que há uma maior necessidade de políticas públicas para amenizar o sofrimento dessas mulheres. “Precisa existir um investimento maior em todas as instâncias, temos que fortalecer essas mulheres. Para isso é necessário que sejam aplicadas as políticas publicas existente e a criação de outras”, disse.
Uma das palestrantes, a defensora pública aposentada Elizabeth Haddad ressaltou que as mulheres têm uma lei, Lei Maria da Penha, que as protege e também uma rede que as acolhe oferecendo segurança. “Elas precisam saber que terão a proteção devida e os direitos assistidos”. Segundo Beth, como é conhecida, Guarapari é o terceiro lugar no Estado em registro de vítimas de agressão, e só no ano de 2019 dois feminicídios, crimes contra a mulher, já aconteceram no município.
Porém, para a defensora existem motivos para comemorar. “Conseguimos mais acessibilidade com o Governo do Estado e com isso estamos aplicando mais mecanismos de transformação como a Patrulha Maria da Penha e as visitas tranquilizadoras. São as políticas públicas direcionadas, de integração e de avanço mostrando que o resultado vem a partir do esforço de todos. Só queremos justiça, isso que a gente busca”, enfatizou.
“As mulheres estão mais encorajadas e por isso estão denunciando mais. Elas passaram a acreditar nas instituições e nos seus trabalhos. Estão conseguindo a ajuda que procuram”, exaltou a delegada Francini Moresch, titular da delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Guarapari.
Francini, que está há oito anos a frente da delegacia, contou que a Polícia Civil iniciou a conscientização de que haveria necessidade de uma delegacia específica para combater a violência contra a mulher, principalmente a familiar. “A delegacia onde atuo existe desde 1990, bem antes da Lei Maria da Penha que é de 2006, fomos à porta de entrada. Antes as mulheres não tinham essa rede de proteção, apenas a denuncia”, finalizou.
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