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Em workshop, pesquisadores relatam que estudos sobre as Areias Monazíticas em Guarapari estão avançados
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 25 de maio de 2019 às 12:47
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O 1º Workshop sobre as Areias Monazíticas de Guarapari está acontecendo desde ontem (24) em Meaípe, com a presença de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade de São Paulo (Usp).
Está acontecendo neste final de semana, em Meaípe, o 1º Workshop sobre as Areias Monazíticas de Guarapari. O encontro, que começou ontem (24) e vai até este sábado (25), está divulgando dados que até então estavam em sigilo, sobre as pesquisas dos benefícios das Areias Monazíticas no município, contando com a presença de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade de São Paulo (Usp).
Marcos Tadeu Orlando, doutor em física nuclear e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) é coordenador da pesquisa e explicou que, durante o evento, estão sendo divulgados dados de experimentos realizados, que não só comprovam a existência da radiação, como também mostram que ela é diferenciada e benéfica. “Esses dados coletados pelas pesquisadoras Jacyra Soares e Sonia Gouveia revelam que esse fenômeno não existe em outro lugar e mostram que a radiação tem efeito sobre os sistemas biológicos. Então a areia não é inerte, ela tem um efeito cientifico”, esclareceu.
A pesquisadora Sonia Gouveia, professora do departamento de ciências fisiológicas da Ufes explicou como as pesquisas têm sido desenvolvidas. “Primeiramente essa areia foi isolada e fizemos um experimento com ratos, mantendo esses animais sob a radiação e avaliando quais são os efeitos dela durante o desenvolvimento”, relatou. De acordo com Sônia, durante as pesquisas foi dado preferência ao estudo com ratas, com o objetivo de avaliar se as areias monazíticas poderiam causar a diminuição da ocorrência do câncer de mama.
Segundo a professora, as pesquisas constataram que, durante a exposição desses animais, não houve nenhum tipo de dano fisiológico nessas ratas e algumas delas apresentaram mudanças no ciclo reprodutivo. “Agora o nosso objetivo é saber se essa alteração poderia promover algum tipo de redução dos níveis de estrogênio, e se essa redução poderia interferir na progressão do desenvolvimento do tumor do câncer de mama. Continuaremos as pesquisas avaliando a dosagem hormonal e processo reprodutivo dessas ratas”, explicou.
O pesquisador Marcos Tadeu Orlando contou que, tanto o Governo Federal como o estadual estão apoiando o projeto. “A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) nos deu verba para continuar a pesquisa, então agora ela não para mais. Vamos fazer um novo workshop no ano que vem para divulgar mais dados, porque as novidades só têm aumentado”, adiantou.
Turismo
O subsecretário de Estado de Turismo, Gedson Merízio, também está participando do workshop e destacou que a comprovação gerada pelas pesquisas com as areias monazíticas revela uma nova oportunidade econômica para o turismo de Guarapari. “Esse é um eixo que deve ser bem trabalhado, para que possamos alavancar economicamente a nossa cidade, gerando emprego e renda, tudo isso fruto desse ativo importante que está surgindo no município”, declarou.
De acordo com Gedson, o apoio do Governo do estado às pesquisas demonstram o olhar e a preocupação dele em relação a esses estudos. “Esse é um ativo importante não só para Guarapari, mas para o Espírito Santo como um todo. E à medida que forem comprovados todos os benefícios que a areia pode ter, poderá ser criado um polo que atraia um novo turista para Guarapari e para o estado”, enfatizou.
Para Letícia Regina, secretária de turismo do município, a partir das pesquisas realizadas, o turismo de saúde pode se tornar uma vertente principal entre os potenciais turísticos de Guarapari. “Enquanto poder publico municipal, nós não vamos medir esforços para que isso possa se tornar um grande potencial para a nossa cidade. Guarapari é muito abençoada, mas temos que achar o foco central do município, e quem sabe não seja o turismo de saúde, para que a partir dele se desenvolvam outras vertentes, como o turismo religioso, por exemplo”, destacou.
Texto: Sara de Oliveira
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