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Justiça determina que motoristas coletores de lixo ligados ao Sintrovig mantenham 50% das atividades
Por Sara de Oliveira
Publicado em 29 de agosto de 2019 às 18:45
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A decisão foi tomada nesta quinta-feira (29) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região. Em caso de descumprimento da medida, o Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (Sintrovig) poderá ser penalizado com uma multa diária de R$ 20 mil.
Nesta quinta-feira (29), o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região determinou que o Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (Sintrovig) mantenha 50% dos trabalhadores em atividade. O sindicato, representante dos motoristas que fazem a limpeza urbana em Guarapari e outros nove municípios, entraram em greve na última segunda-feira (26) e, caso não atendam à decisão, podem ser penalizados com uma multa diária de R$ 20 mil. Ainda de acordo com o processo, em caso de descumprimento da determinação, poderá ser utilizado o uso da força policial.
O documento reitera que a greve é assegurada na Constituição Federal como um direito fundamental de caráter coletivo, representando um importante avanço democrático. Porém, também aponta que o recolhimento do lixo urbano e hospitalar está entre os serviços essenciais do município, e a ausência do mesmo pode gerar conflitos aos moradores.
Início da greve
A decisão da paralisação aconteceu após as negociações do reajuste de salário entre o sindicato da categoria, Sintrovig e o Sindicato Estadual de Limpeza Urbana do Espírito Santo – Selures terem falhado.
Na última terça-feira (27), o presidente do Sintrovig, Wanderley Gonçalves, informou ao Folha Online que foi solicitada uma equiparação salarial com os motoristas da Grande Vitória do Sindirodoviários, que ganham R$2.595, em contrapartida com os trabalhadores das 10 cidades ligadas ao sindicato que recebem R$1.910, o que não foi acordado.
Já o Selures, através do advogado Stephan Schneeteli, respondeu que o sindicato patronal ofereceu para o Sintrovig todos os benefícios e um salário com reajuste integral de acordo com a inflação, 4,97%. Porém, o Sintrovig não aceitou a oferta e fez uma contraproposta, que, de acordo com o advogado, não estava dentro das condições dos municípios nem das empresas.
Prefeitura de Guarapari
Nesta quinta-feira (29), a prefeitura de Guarapari divulgou um comunicado informando, através da Codeg, que vai continuar cobrando ao CTRVV uma solução definitiva para por fim à greve. Ainda de acordo com o município, medidas estão sendo tomadas para amenizar os impactos da paralisação.
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