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A luta contra o Aedes aegypti continua: você já fez a vistoria na sua casa hoje?
Por Glenda Machado
Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 14:45
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Já são 85 notificações de dengue em janeiro deste ano, 26 a mais que no mesmo período do ano passado quando foram registrados 59 casos. Destes, 24 foram confirmados com quatro óbitos. Neste ano ainda não saiu o resultado dos exames para confirmação. Em 2015, foram 1.702 casos com 555 confirmações. Já a Zika, foram 21 notificações no ano passado e 12 neste ano. Esses são os dados da Secretaria Municipal de Saúde.
E para combater os focos e conscientizar a população sobre a prevenção, o país ganhou um importante aliado na luta contra o Aedes aegypti. E ele veio fardado. Quase um mês depois da primeira ação, militares voltaram à cidade no dia 13 de fevereiro. A ação faz parte da mobilização nacional contra a dengue chamada “Dia D”.
Além de Guarapari, mais 10 cidades capixabas receberam a visita de nove mil soldados da Marinha, Exército e Aeronáutica. Aqui, foram quatro militares mais 270 servidores municipais. Ao todo, 356 municípios participaram da campanha com 220 mil militares. Eles saíram às ruas para distribuir material impresso com orientações sobre como evitar criadouros do mosquito transmissor da denge, Chikungunya e Zika. Em Guarapari, a ação aconteceu nos bairros Adalberto Simão Nader e Lagoa Funda.
A prefeitura também continua com as visitas domiciliares realizadas pelos agentes de combate a endemia e ações de fiscalização feitas em parceria entre as Secretarias Municipais de Saúde, de Obras, de Fiscalização, de Postura, de Agricultura, de Meio Ambiente, Companhia de Desenvolvimento e Melhoramento de Guarapari (Codeg) e Vigilância Sanitária. O sinal é de alerta, mas muitos ainda insistem em virar as costas para o perigo.
“A população está mais consciente, o que facilita o nosso trabalho. O problema é que muitos ainda impedem a nossa entrada, dificultando as ações de prevenção e combate da prefeitura. Outros acumulam muitos objetos sem necessidade. Nós retiramos tudo, mas quando voltamos depois de algum tempo, infelizmente na maioria das vezes, a gente encontra a mesma situação de novo”, destaca a agente de combate a endemia, Elini Barbosa.
Para evitar este tipo de situação, a prefeitura resolveu adotar medidas mais enérgicas. “Para intensificar a fiscalização, quem for notificado e não se adequar em 48 horas pode ser multado, interditado em caso de estabelecimento comercial e até ser encaminhado ao DPJ por crime à saúde pública”, destaca a gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Lorena Santos da Silva.
Os locais notificados ainda recebem “bloqueio” feito pelas equipes de Ultra Baixo Volume – UBV Portátil – que visa inibir a proliferação do mosquito. Segundo a Secretaria, o Centro de Controle de Zoonoses registra em média cinco ligações de denúncias em diversos bairros por dia. Os campeões são: Praia do Morro, Kubitscheck, Santa Mônica e Muquiçaba.
O Ministério da Saúde também orienta medidas preventivas para mulheres grávidas tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao vírus da Zika. Uma delas é se proteger contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelente e permanecer em locais que tenham barreira contra a entrada dos insetos.
“É preciso admitir que estamos enfrentando algo novo, que não conhecemos bem. O que sabemos é baseado em aspectos mais gerais e apoiado em experiências de outras doenças transmitidas por mosquitos”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Érico Arruda.
No Espírito Santo. O número de casos de dengue no estado neste ano já chega a 10.718 conforme último boletim divulgado no dia 11 de fevereiro pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Deste total, 28 casos são suspeitos da forma grave da doença e uma morte que ainda está sob investigação.
As notificações de suspeitas de infecção por Zika também aumentaram. Hoje, já são 1.542 notificações com 20 casos confirmados laboratorialmente – 15 em Vitória, 2 em Vila Velha, 1 em Aracruz e 1 em São José do Calçado. O número de crianças diagnosticadas com microcefalia já chega a 60. Embora ainda não haja confirmação da relação entre a doença e o Zika vírus.
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