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Após denúncia do Prefeito de Mariana, Samarco se pronuncia
Por Aline Couto
Publicado em 18 de junho de 2018 às 16:36
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Segundo Duarte Júnior, a Samarco já tem todas as licenças para iniciar a preparação da cava da mina de Alegria Sul, mas a Vale que não estaria permitindo o retorno das atividades por opção de mercado, pelo aumento do valor do minério de ferro.
O prefeito de Mariana, região central de Minas Gerais, Duarte Junior (PPS), fez uma denuncia na semana passada a respeito da demora do retorno das atividades da Samarco na região. De acordo com o prefeito, a inatividade da mineradora desde o rompimento da Barragem do Fundão, em 2015, seria hoje uma opção de mercado de uma de suas controladoras, a Vale. Ele ainda falou que o motivo da interrupção ser mantida seria uma melhora no preço do minério de ferro, sobretudo das pelotas desse produto, que era a forma comercializada pela Samarco.
Para Duarte, a intenção final dessa manutenção da inatividade da Samarco é também para possibilitar uma melhor negociação para a Vale assumir a parte da Samarco que pertence à BHP Billiton.
O outro lado
A mineradora Samarco se pronunciou a respeito das denúncias do prefeito de Mariana e enviou o posicionamento da empresa.
“A Samarco, com o apoio de seus acionistas, tem trabalhado para voltar suas operações de forma responsável, com máxima segurança e apoio das comunidades. A expectativa é que as licenças necessárias para viabilizar o retorno das atividades sejam obtidas ao longo de 2019.”
“A Vale S.A. (Vale) nega que haja qualquer negociação em curso, ou que tenha chegado a um entendimento para a compra da participação da BHP Billiton Brasil Ltda. (BHPB) na Samarco. Vale e BHPB seguem focadas priorizando o suporte à Samarco para a retomada de suas operações, bem como à Fundação Renova nos programas de reparação e compensação das áreas e comunidades afetadas pelo rompimento da barragem”.
Em tempo
A Samarco paralisou suas operações no município de Mariana, região central de Minas Gerais, após o rompimento de uma de suas barragens de rejeitos, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o Rio Doce, em toda a sua extensão, até parte do litoral do Espírito Santo.
Com as operações paralisadas, a Samarco é suportada financeiramente por suas sócias: a brasileira Vale, produtora global de minério de ferro, e mineradora anglo-australiana BHP Billiton.
O rompimento da barragem da Samarco, em cinco de novembro de 2015, foi considerado o maior desastre socioambiental da história do Brasil.
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