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Após paralisação dos ônibus em Guarapari, Lorenzutti dá explicações e se queixa de perdas
Por Aline Couto
Publicado em 11 de março de 2021 às 14:05
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Após a paralisação dos ônibus, nesta manhã (11), em Guarapari, a Expresso Lorenzutti, responsável pelo transporte coletivo do município, enviou uma nota de posicionamento quanto a questão. De acordo com o Sintrovig – Sindicato dos Rodoviários de Guarapari, a paralisação foi motivada por problemas relacionados aos salários. Feito um novo acordo, os ônibus voltaram a circular ainda na parte da manhã.
Nota Oficial
Em nota, a Lorenzutti descreveu que nos últimos anos de execução do serviço de transporte público de passageiros a empresa vem sendo submetida à grave crise financeira ocasionada pela histórica defasagem tarifária que lhe é imposta, o que se agravou com queda de demanda em decorrência das medidas restritivas de circulação impostas pelo Poder Público para combate à pandemia do coronavírus (Covid -19).
“Destacamos ainda que o preço do diesel, sobretudo com relação aos meses de janeiro a março do corrente ano, teve um aumento de 52%, fato inesperado que comprometeu ainda mais a saúde financeira da empresa.
Em virtude de todos esses fatos, a receita atualmente auferida não tem sido suficiente para cobrir os custos mínimos para operação do sistema de transporte (v.g. folha pagamento, diesel e insumos, dentre outros), o que tem impossibilitado a manutenção dos pagamentos de forma pontual”.
Sobre o pagamento dos salários: “Diante desse cenário, objetivando evitar o colapso do sistema e a interrupção do serviço de transporte público essencial, a empresa, na data de ontem (10.03.2021), procedeu com o pagamento de 50% do salário devido aos funcionários e colaboradores, bem como 50% do valor referente ao acordo firmado com a categoria, além de ter provisionado o restante do pagamento para quitação ATÉ o dia 15.03.2021 (segunda-feira)”.
Empresa fala
Além dos pontos citados na nota, a empresa ainda falou sobre o transporte clandestino no município. “Eles comprometem diretamente a receita, uma vez que rodam sempre a frente dos nossos ônibus e nos horários de pico apenas. Só levam passageiros pagantes, não transportando as gratuidades. Não recolhem aos cofres públicos e não se sujeitam as regras do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e da lei de transporte municipal. Além disso, não pagam aos empregados os salários da categoria, enquanto um único ônibus emprega mais de seis funcionários”.
Outro lado
Com o contexto apresentado, procuramos a Prefeitura de Guarapari com alguns questionamentos:
Existe esse desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e uma defasagem de tarifa com a empresa?
A alegação da empresa de cogitar um subsídio para o diesel cabe ao município?
Os transportes clandestinos, como vans, estão sendo fiscalizado em Guarapari? Se sim, de que forma? Há possibilidade de legalização?
O município tem fiscalizado o serviço que a Lorenzutti oferece? Como é feita? Com que frequência?
A resposta veio através de nota:
“A Secretaria Municipal de Postura e Trânsito (Septran) esclarece que, considerando os reajustes acumulados nos preços dos combustíveis e custos operacionais, no final de janeiro deste ano, foi aprovado o reajuste da tarifa do transporte coletivo regular em Guarapari, passando o valor para R$3,80. Vale ressaltar que o reajuste anual é previsto na Lei Complementar Nº 002/2006.
O município, por meio da Septran, segue realizando a fiscalização do cumprimento do contrato por parte empresa concessionária do transporte coletivo na cidade. As ações para coibir o transporte clandestino de passageiros são realizadas diariamente com a autuação e apreensão dos veículos que operam de forma irregular no município”.
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