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Artigo: a farra dos vendedores ambulantes piora a temporada
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 13 de fevereiro de 2022 às 09:00
Atualizado em 14 de fevereiro de 2022 às 15:32
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A aguardada alta temporada, que no passado chegou a ter três meses, diminuiu para dois e atualmente encolheu para o mês de janeiro, ainda assim não o mês todo, tanto que reduziu a denominação para temporada.
Como são poucos os atrativos turísticos na cidade, fora este período, é pequena a procura, que se dá mais pelos que tem apartamento aqui, que vem mais pelas praias e pouco se preocupam com o que fazer, pois vem para descansar.
Com os quiosques e carrinhos bem disciplinados e em boa quantidade, o problema maior tem sido com os ambulantes, especialmente com os que vendem nas praias, que na temporada aparecem de todo lado. Aí tentam vender qualquer coisa.
Nada contra os moradores, que tem nesta época e forma, uma maneira de conseguir dinheiro que durante o ano não aparece. Talvez o problema maior seja com os que vem de fora e quase sempre atrapalham os que habitualmente se dedicam a isso.
Basta chegar o verão e começam a aparecer kombis, reboques e todo tipo de veículos, com placa de fora e que talvez por não serem dos que pagam imposto e multas, estacionam nos melhores lugares, alguns nem retirando a noite, para não perder o lugar.
Nestas estão em sua maioria, cadeiras, mesas e guarda sol, junto com caixas de isopor, cheias de cerveja e outras bebidas para vender. Mais de beber do que comer. Aí entendo o por que de tantas placas ou cartazes de vendo gelo, que durante o ano não chamam tanto atenção.
Afora estes que fazem ponto, as nossas lindas praias ficam cheias de ambulantes, vendendo óculos de sol, amendoim, castanhas, saídas de banho, bonés, viseiras, chinelos, protetores e outras quinquilharias, sem contar as centenas de vendedores de picolés. Até drogas me falaram.
Para dar uma ideia, Meaípe não tem a praia alargada ainda e as obras de contenção ainda não acabaram, já tem queixas pela exploração com reserva de domínio da venda na praia. Incrível como logo se montam estes privilégios, alguns com cobertura oficial.
Em se tratando de oficializar esta atividade, pareceria tão simples a prefeitura cobrar uma taxa destes ambulantes, fornecendo por conta disso uma camiseta, que mudaria de cor ano a ano, para identificar os ambulantes credenciados e habilitados.
Seria forma de manter cadastro destes trabalhadores, evitando o que acontece quase sempre, de junto aos que querem ganhar a vida honestamente, surjam aproveitadores de toda ordem, alguns infiltrados oportunistas que se descuidar, roubam.
Se houvesse este interesse de organizar e controlar, com camiseta oficial, funcionários da prefeitura que nesta época não tem tanta atividade, poderiam ser treinados para orientar e fiscalizar, para excluir os que não tiverem tal identificação.
Até o comércio formal se beneficiaria e aplaudiria. Seria melhor para todos. Inclusive aos turistas!
(*) Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, Especialista em Marketing e Gestão pela PUC e MBA pela FGV.
Contato: [email protected].
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