Anúncio
Artigo: moto mata; atenção para o aumento do tráfego de motos
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 14 de novembro de 2021 às 09:00
Atualizado em 16 de novembro de 2021 às 09:01
Anúncio
Uma das consequências da pandemia foi o incrível incremento do delivery. Quase tudo agora tem entrega em domicílio. De comida até drogas, são levadas por motos, que tem pressa em chegar e outras entregas.
Como o volume de entregas cresceu muito mais e a produção de motos nem tanto, os moto boys, que já andavam correndo, agora voam pelos espaços das ruas e até pelas calçadas, para chegar mais rápido.
Talvez imaginando-se protegidos pelo uso do capacete, muitos deles abusam da velocidade e minimizam os riscos naturais pelo simples fato de andarem sobre duas rodas, como equilibristas.
Como há pouca fiscalização, um grande número de motos sem documentos e de habilitações vencidas ou suspensas por multas, circulam dia e noite pela cidade impunemente.
Com o aumento da procura, negligencia-se a manutenção, aumenta o uso de pneus gastos e com isso os riscos de acidentes, que crescem a cada dia. Alguns até drogados.
Alguns fatores que aumentam o risco são comuns: celular dentro do capacete, conduzir de chinelos e a pressão pelo custo do combustível, que quase dobrou este ano.
Arrancam rápido, pondo em risco pedestres mais lentos, outros não sinalizam ao dobrar ou não tem lâmpada indicativa de freio funcionando e param em qualquer lugar.
Bom número tem bagageiros inapropriados, não respeitam faixa amarela contínua e ultrapassam, fazendo congestionar o corredor entre os carros, sem olhar os retrovisores.
Parece que todos tem pressa e muitas entregas, talvez por ganharem mais por número de entregas feitas, sem dar a devida atenção a perigosos buracos e bueiros.
Como a maioria talvez não tenha registro em carteira, nem seguro pessoal e contra terceiros, os custos em caso de acidentes recaem na maioria para o INSS.
A exemplo dos caminhões e camionetes, as usadas profissionalmente, deveriam ter placa vermelha e carteira de habilitação em categoria profissional.
Também como acontece com os motoristas profissionais, os que pilotam moto para entregas deveriam periodicamente se submeter a exame toxicológico.
Talvez a obrigatoriedade de uso de um capacete vermelho e jaqueta laranja para chamar atenção, a fim de que todos possam se prevenir e ficar atentos.
Sugestão: lei municipal que regule e regulamente o exercício da profissão, com normas, multas e adoção de um jaleco com número que identifique.
*Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, Especialista em Marketing pela PUC e MBA pela FGV.
Contato: [email protected]
Mais de Antônio Ribeiro
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es