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Associações são contra pedágio para turista no verão
Por Glenda Machado
Publicado em 19 de outubro de 2015 às 20:48
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A proposta é do presidente da Câmara de Vereadores, Wanderlei Astori. Ele quer fazer uma audiência pública em novembro
Cobrar um valor simbólico por veículo que entrar na cidade com placa de fora – uma espécie de pedágio para turista. Essa é a proposta do presidente da Câmara de Vereadores, Wanderlei Astori. A ideia já foi lançada, o próximo passo é a audiência pública que ele pretende realizar até novembro para então colocar o projeto de lei em pauta para votação. Mas, tudo indica, que ele vai precisar de bastantes argumentos para convencer a população, pois algumas associações já se posicionaram contra a cobrança.
“É um absurdo jogar uma ideia dessa na mídia sem nem cogitar os impactos no turismo, para restaurantes, para hotéis e o mais importante sem nem ouvir a população. Nós temos que correr atrás do nosso sustento, do sustento da nossa família e ao invés de facilitar o turismo, vai criar meios de dificultar ainda mais o que já está complicado diante de um cenário de crise?!”, questiona o vice-presidente da Associação de Comerciantes do Centro, Themistocles Neto.
Opinião compartilhada pela presidente da Associação de Moradores da Praia do Morro, Fátima Fonseca. “Temos que nos preparar com estrutura, com sinalização turística, com táxi, com rodoviária, com aeroporto, para depois então pensar em cobrar taxa. O momento não é de cobrar, mas de aproveitar a alta do dólar e fazer de Guarapari um destino. Os turistas estão deixando de ir para o exterior para viajar dentro do país, a hora de atrair é agora e não de espantar com cobrança desnecessária”, destaca Fátima – que também é proprietária de uma pousada na Praia do Morro.
Outro que concorda é o presidente da Associação dos Hotéis e Turismo de Guarapari, Renato de Andrade. “Se fosse um projeto para ordenar, normalizar e organizar as hospedagens irregulares eu aprovaria. Mas fazer uma cobrança por fazer, só para aborrecer o turista, vai só prejudicar o turismo e a economia de Guarapari. Vai matar o turismo da nossa cidade, tendo mais cobrança em meio à crise”.
O PROJETO
De acordo com o presidente, o projeto vai estipular valores simbólicos, sendo que o de ônibus será o dobro de carro de passeio, por exemplo. O dinheiro arrecadado será administrado por uma comissão formada por representantes do poder público e da sociedade, que deverá prestar contas periodicamente. Do total, 50% serão destinados para investimentos em recuperação das nascentes, 25% para saúde e 25% para turismo.
“Serão investimentos que trarão retorno para o próprio turista que vai vir aqui e não vai ficar sem água para tomar banho, que vai ter atendimento médico se precisar e vai ter um turismo de qualidade. Já passou da hora da gente melhorar o nosso turismo e qualificar os serviços. É preciso entender o projeto, porque o intuito não é espantar ninguém, mas consolidar o turismo oferecendo serviços bons”, explica o presidente Wanderlei Astori.
O presidente ainda não debateu a ideia com o poder executivo. A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a prefeitura por meio da assessoria de comunicação, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
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