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Baleia morta deverá se decompor ao ar livre em praia de Guarapari, diz biólogo
Por Glenda Machado
Publicado em 13 de agosto de 2018 às 17:47
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Animal não deve será enterrado nem removido por causa do difícil acesso. Banhistas devem evitar a área; carcaça será objeto de pesquisa.
A baleia morta encontrada encalhada em um costão rochoso, próximo a última praia no Condomínio Aldeia da Praia, em Guarapari, deve continuar no local, de acordo com o biólogo do Instituto Orca. O animal não deve ser enterrado nem removido por causa do difícil acesso ao local onde está, e o corpo será monitorado para pesquisas. Não há previsão de quanto tempo leve para decomposição total do corpo.
“O animal deve ter umas 10 toneladas e o crânio, que pesa cerca de 600 quilos, está encalhado na enseada da praia e próximo a contão rochoso, o que dificulta ainda mais a retirada ou o deslocamento. A região só é acessada por trilhas que não dão condições para que máquinas cheguem ao local. O trabalho seria feito manualmente por muitas pessoas que poderia impactar o ambiente da praia que é preservado, correndo o risco, ainda assim, de os restos serem desenterrados pela maré”, explica Lupércio Barbosa, diretor do Instituto Orca. Ainda de acordo com ele a baleia é da espécie Jubarte, muito comum nessa época do ano pelo litoral do Espírito Santo.
A decisão de manter o corpo do animal no local foi tomada nesta segunda-feira (13) também pela prefeitura que em nota disse ter entrado em contato com o Instiuto Orca, que é referencia no Estado para essas situações. “Conforme parecer do instituto, a retirada não é viável tendo em vista a dificuldade de acesso ao local, sendo necessário esperar o deslocamento natural pela maré”, explicou a Prefeitura.
Polêmica
O animal foi encontrado em avançado estado de decomposição por visitantes da praia na tarde do dia 27 de julho. O local dentro do Condomínio Aldeia da Praia, possui moradores que reclamam do mau cheiro e também da presença de animais pela carcaça.
De acordo com o gerente do Condomínio, Sérgio Jordão, os órgãos ambientais foram contatados no momento em que foi constado a presença do animal na área. “Primeiro fizemos contato com biólogos do CTA que depois encaminharam a demanda para o Instituto Orca. Eles nos ligaram hoje mas até agora não temos uma solução concreta. Pensamos até em explodir a baleia. O cheiro é insuportável, tem muito óleo n água e os moradores estão sendo prejudicados e com risco de se contaminarem.
Riscos de doença
Segundo Lupércio, a orientação é para evitar a área, “tanto o uso da areia como do mar”. De acordo com ele pode haver riscos de doenças, por exemplo, se as pessoas se aproximarem do corpo do animal. “Riscos sempre existem. Não tenho como impedir que alguém faça alguma besteira. Por isso não é permitido tocar, tomar banho próximo”, detalhou o biólogo.
A possibilidade de remover o corpo de barco até foi estudada, mas seria inviável. “Não tínhamos cabo suficiente e, a partir de agora, o risco de se partir aumenta muito. Além disso, o custo envolvido não justificaria o esforço visto que a praia e o parque tinham ressalvas sobre impactos do procedimento”, completou Lupércio. “Torcemos que a maré retire de lá e ‘jogue’ num local em que a logística seja viável para retirar a carcaça e finalizar o processo”.
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