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Bancos em greve a partir de terça-feira
Por Livia Rangel
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 00:00
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Os bancários capixabas vão entrar em greve na próxima terça-feira, 30, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta quinta=feira, na sede do Centro Sindical dos Bancários, em Vitória. Segundo o diretor do sindicado dos bancários no Espírito Santo, Joel Guilherme Costa, cerca de 220 profissionais da categorias assinaram a ata do encontro aprovando a deflagração da paralisação.
“Todos os sindicatos nacionais reprovaram as propostas apresentadas pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na quinta-feira. Os 226 bancários capixabas seguiram a determinação da categoria nacional de decretar greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira”, afirma.
Até lá, frisa do diretor, novas reuniões da categoria com os bancos podem acontecer. Os bancários estão em campanha salarial unificada e reivindicam reajuste dos vencimentos mensais de 12,5%; a proposta dos banqueiros foi de 7%. A categoria luta, ainda, pela inclusão de um 14º salário, vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724 por mês.
Para não prejudicar a população, os grevistas não vão bloquear o acesso dos clientes aos caixas de autoatendimento. Ou seja: os caixas eletrônicos vão operar normalmente.
“Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores deles tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, graças, em grande parte, ao empenho e à produtividade dos bancários. Mas os banqueiros não querem atender as reivindicações da categoria. Propuseram apenas 7% de reajuste e rejeitam as principais demandas sociais, como preservação do emprego, fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Os bancários exigem, ainda, a instituição de um vale-cultura de R$ 112,50, fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações. Planos de cargos, carreiras e salários e auxílio-educação também figuram na lista das reivindicações da categoria.
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