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Cadeiras giratórias da Câmara: Após polêmica, empresa decide processar vereador de Guarapari
Por Carolina Brasil
Publicado em 10 de maio de 2018 às 17:05
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Segundo o processo, as condutas do parlamentar causaram prejuízos de ordem econômica e de imagem diante do mercado.
A CL Costa Comércio e Serviços Ltda – ME, vencedora da licitação – cancelada* – para compra de cadeiras giratórias para a Câmara Municipal de Guarapari entrou com processo por danos morais contra o vereador Dr. Rogério Zanon (PSB), na Vara do Juizado Especial Cível de Vila Velha, e pede R$ 40 mil de indenização, alegando prejuízos financeiros e na imagem da empresa. “Fiz o meu papel de fiscalizar, o assunto era de interesse público, envolvia o dinheiro do povo e não inventei nada. Estão colocando palavras na minha boca, dizendo que afirmei se tratar de uma empresa fantasma e isso não aconteceu. Apenas tornei público o que vi e questionei algo que não estava claro como deveria, levando a questão ao Ministério Público”, ressaltou Dr. Rogério.
Procurada, a empresa se manifestou através do setor jurídico. “Nós acreditamos que ele (vereador Dr. Rogério Zanon) foi muito infeliz nas colocações, feitas como forma de se autopromover. Agora, terá que responder pelos atos. Inclusive, não está descartada a possibilidade de entrarmos com uma ação criminal contra o vereador”, declarou Christian Lugon, advogado da CL Costa Comércio e Serviços Ltda – ME.
Licitação
A Câmara de Guarapari publicou, no dia 27 de outubro de 2017, a compra de 21 cadeiras giratórias para serem colocadas no plenário com o custo total de R$ 55.765,00. Cada cadeira custaria, em média, R$ 2.655,47. O assunto foi polêmico e ganhou repercussão na mídia do município e do estado.
Na ocasião, o vereador em questão chegou a levar uma cadeira adquirida com recursos próprios (R$ 350,00, segundo ele) ao plenário da Câmara em protesto. Além disso, Dr. Rogério Zanon seguiu até o endereço cadastrado no CNPJ da empresa CL Costa Comércio e Serviços Ltda – ME, em Vila Velha, e não encontrou nenhum responsável, levantando suspeitas sobre as questões que envolviam o processo licitatório. “Não havia sequer uma placa, no endereço existia uma casa de três andares, onde em um deles funcionava um escritório de contabilidade. No local, ninguém soube dizer se existia uma empresa de fornecimento de cadeiras ou material para escritório”, relembrou o vereador.
* Em novembro do mesmo ano, o presidente da Câmara Municipal de Guarapari, Wendel Lima (PTB), optou por não homologar a compra das 21 cadeiras giratórias.
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