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Câmara faz sessão solene de abertura do ano legislativo
Por Glenda Machado
Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 22:31
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A Câmara de Vereadores realizou na tarde desta quinta (18), sessão solene de abertura do ano legislativo que pode ser o último para alguns dos 17 parlamentares. Em um clima aparentemente de tranquilidade, quem fez as honras da casa foi o vice-presidente Jorge Ramos. Isso porque o presidente Wanderlei Astori está de atestado médico com suspeita de dengue.
Uma sessão solene que antigamente era sinal de plenário cheio, desta vez faltou público para as oratórias na tribuna. Para quem estava presente, os motivos para as cadeiras vazias seriam basicamente dois: a sessão ser em horário comercial, quando muitos estão trabalhando, e a falta de credibilidade da classe política perante o povo.
A prefeitura marcou presença. Além do prefeito Orly Gomes, diversos secretários participaram: secretária de Comunicação, Andrea Monteiro, secretário de Desenvolvimento, Danilo Bastos, secretário de Meio Ambiente, Afonso Rodrigues, secretária de Educação, Diana Márgara e secretária de Assistência Social, Maria Heleno Neto.
Nas palavras do padre Gudialace e do pastor Doronézio, pedido de amor e sabedoria aos representantes do povo. “A maior fome do mundo é de amor. Precisamos trabalhar com amor e tomar as decisões baseadas no amor”, disse o pastor. Dos vereadores, os escolhidos para falar foram Germano Borges e Anselmo Bigossi.
Germano em seu discurso exaltou que essa legislatura deixou marca no progresso de Guarapari. Já Anselmo, veterano da Casa, lembrou os colegas a trabalharem com paixão. E Jorge Ramos terminou com um recado: “vamos esquecer que é ano de eleição, esquecer a política, e trabalhar com cautela, respeito e coerência”.
Mas a primeira decisão importante deste ano pode ser justamente de cunho político: as contas de 2010 de Edson Magalhães. O Tribunal de Contas do Estado já deu parecer pela reprovação e os vereadores terão 45 dias úteis para colocar em pauta assim que chegar à Câmara. Hoje, o cenário já está um pouco diferente, mas ainda complicado para o deputado estadual.
Segundo informações de bastidores, placar que antes era de quatro na base de Edson e oito na de Orly com cinco “indecisos”, hoje cada um já estaria com seis. Além de Fernanda Mazzelli, Ronaldo Tainha, Oziel de Sousa e Serjão do Jabaraí, Edson teria conquistado mais dois votos: Jorge Figueiredo e Thiago Paterlini.
Já Orly teria perdido Thiago, mas ganhado um novo aliado que antes estava como indeciso – Lincoln Cavalcante. Este que inclusive está em negociação para ingressar no partido do prefeito, o DEM. Além de Anselmo Bigossi, Paulina Aleixo Pinna, Jair Gotardo, Jorge Ramos e Dito Xaréu.
Gedson Merízio e Manoel Ki-Delícia, como são pré-candidatos a prefeito, pode ser que votem contra Edson – pois com as contas rejeitadas, o deputado ficaria inelegível por oito anos baseado na Ficha Limpa. Aratu e Wanderlei, que são considerados da base aliada do prefeito, já teriam pulado para a área dos “indecisos” juntamente com Germano.
Composições à parte, vamos voltar para a sessão. O prefeito também teve direito à palavra e listou algumas das obras e ações realizadas em sua administração. O clima esquentou quando foi a vez de Jabaraí. Ao citar a presença de profissionais médicos na região, o vereador Serjão – representante da Região Norte – fez uma pequena ressalva: “mas está há anos sem dentista”.
Após uma pausa para recuperar o fôlego, o prefeito também fez um alerta à população: “A crise não passa ao lado, está na nossa cara. Poupem porque a situação é crítica e dramática. Se não tem ainda desempregado na família, amanhã vai ter. A nossa projeção era outra. Mas 2015 foi um ano de crise e 2016 será ainda pior”.
Para descontrair, a sessão solene acabou com todos cantando parabéns para o vereador Manoel – aniversariante do dia. Mas sem cooffee break como antigamente. Será que estão cortando gastos depois que o povo descobriu o Portal da Transparência da Câmara? Mas a dúvida do dia foi outra. Com a saída do PMDB anunciada, o que todos querem saber é para qual partido vai Edson?
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