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Câmara rejeita projeto do executivo para eleição de diretor escolar
Por Natália Zandomingo
Publicado em 8 de novembro de 2016 às 18:54
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Mesmo com 10 votos favoráveis e sete contrários, o Projeto de Emenda a Lei Orgânica Municipal 003/2016 não foi aprovado em 2º turno pela Câmara de Vereadores. A matéria, de autoria do poder executivo, implantaria eleições diretas para os cargos de diretor e coordenador das escolas municipais. A votação foi rápida e revoltou os profissionais da educação que lotaram o plenário. Para ser aprovado, eram necessários 12 votos. A sessão foi realizada na tarde desta terça-feira (8).
Esta é a terceira vez que o projeto entra na pauta. Nas outras duas vezes, a proposta deixou de ser votada por falta de quórum. Os presentes aplaudiram cada voto favorável e vaiaram os que foram contrários. Ao término da votação, o presidente Wanderlei Astori precisou suspender a sessão por cinco minutos para acalmar os ânimos.
Como votaram os vereadores:
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Favoráveis
Anselmo Bigossi, Fernanda Mazzelli, Gedson Merízio, Germano Borges, Jair Gotardo, Jorge Ramos, Manoel Couto, Oziel Sousa, Rogério Capistrano (Aratu) e Thiago Paterlini.
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Contrários
Jorge Figueiredo, Lincoln Cavalcanti, Dito Xaréu, Paulina Aleixo Pinna, Ronaldo Gomes (Tainha), Sérgio Ramos e o presidente Wanderlei Astori.
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A professora Cristina Mendes ficou revoltada. “No 1º turno só tivemos os 12 votos porque foi antes da eleição e agora os vereadores se colocam dessa forma. É vergonhoso”. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Guarapari, Rosemary Abud, disse que a categoria não se sente derrotada. “Vamos conversar com nosso jurídico para tentar mudar essa situação de outras formas. A gestão democrática é importante para acabar com a troca de votos e de favores”.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Tiago Mello, avaliou que a votação foi péssima para os professores. “A categoria se fez presente e repudiou esse resultado. A gestão democrática na educação está presente no Plano Nacional da Educação e nós debatemos isso há muito tempo”.
Para o vereador Gedson Merízio, a nomeação de diretores continuará tenho interferência política, o que diminui a qualidade da gestão da educação no município. “Eu ainda tinha esperança que no final do nosso mandato daríamos um sinal para Guarapari de que a nossa política está mudando. Infelizmente não demos”, lamentou Gedson Merízio.
Já Wardelei Astori justificou seu posicionamento dizendo que o ideal seria a realização de um processo seletivo para a função. “Eu não sou contra a matéria. Eu sou contra a eleição. Precisamos fazer um processo seletivo com os professores efetivos. Assim, eles provarão que estão qualificados para administrar os colégios”.
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