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Campanha ajuda os desabrigados de São Gabriel
Por Glenda Machado
Publicado em 16 de outubro de 2015 às 19:08
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Um mês se passou desde que cerca de 40 famílias foram despejadas de um loteamento irregular na comunidade de São Gabriel. Por meio de decisão judicial, elas tiveram que deixar suas casas improvisadas em favor do proprietário legal do terreno: a empresa GTA Empreendimentos. Enquanto os poucos móveis tinham um destino certo, a maioria das pessoas nem sabiam para onde ir. Só de crianças, eram mais de 100.
E foi diante deste cenário que um pedido surgiu à equipe Folha da Cidade. Uma mãe de sete filhos, com o mais novo de dois meses no colo, perguntou se não tinha como ajudá-los com alimentos, roupas e fraldas. Com o marido desempregado há quase um ano, o sustento da família vem da reciclagem, cerca de R$ 250 por mês. Agora, além de driblar a fome, o frio, o desemprego, Maria D’Ajuda ainda teria que encontrar um novo lar para a família.
E foi pedindo aos amigos, parceiros e clientes, que o jornal conseguiu arrecadar cestas básicas, alimentos diversos, caixas de leite, pães, biscoitos, fraldas e muitas roupas, principalmente infantis como tinham solicitado. “O resultado foi surpreendente, porque foi feita de forma improvisada e com alteração de data, já que a desocupação havia sido adiada para o dia 9 de outubro e depois a justiça manteve a decisão anterior do dia 16 de setembro”, conta o diretor executivo do Folha da Cidade, Hamilton Garcia.
A equipe fez a entrega três dias depois do despejo, no dia 19 de setembro, ironicamente no dia da Festa da Cidade. Como os moradores se dissiparam, pois alguns foram para casa de parentes em outros bairros e outros estavam de favor na casa de vizinhos, as doações ficaram sobre a responsabilidade do líder comunitário do loteamento Anderson Silva. E na tentativa de alegrar um pouquinho a vida dessas famílias, depois de carregar tantas sacolas, inclusive, as crianças, foi hora de parar para refrescar com os picolés doados pelo vereador Manoel Couto.
“A gente gostaria muito de agradecer a todo mundo, porque enquanto todos estavam preocupados com a notícia do despejo ou em ter um local para guardar os nossos materiais, vocês olharam para nós, pessoas, seres humanos, e nos ajudaram, pensaram na nossa angústia, nos nossos filhos. Não sei nem como agradecer. Quando vocês ligaram para gente na noite do despejo para saber se estavam todos bem e se não tinha ninguém na rua foi como acender a esperança na gente de novo de que existem pessoas boas”, agradeceu Anderson.
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