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COLUNA Cidadania: Invisíveis aos nossos olhos?
Por Glenda Machado
Publicado em 25 de junho de 2017 às 15:00
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Por Tayla Oliveira
Por quantas vezes passamos por pessoas em situação de rua e nem sequer olhamos para elas? Quantas vezes elas nos estenderam as mãos pedindo ajuda e nem ao menos desaceleramos o passo? A grande questão é que nos esquecemos que essas pessoas são como a gente e que problemas foram determinantes para que elas fossem parar nessa situação.
Mas por estarem à margem da sociedade e a temática dos ‘moradores de rua’ ser sempre abordada como algo que incomoda, ou por poucas vezes mostrarem a verdadeira história dessas pessoas, eles passam a serem vistos de maneira preconceituosa ou sob a ótima das suposições, e assim, quase sempre se forma uma visão distorcida.
Segundo os dados do último senso do IBGE, os moradores de rua já representam de 0,6% a 1% no país e com a crise financeira do país, a tendência é que esse número de torne ainda maior. Alguma dúvida de que já passou da hora de pensarmos a respeito, de nos despirmos de todo o preconceito ou lógica da sociedade e passar a ver essas pessoas como também de carne e osso, de sentimentos e que possuem necessidades básicas assim como nós?
Dois livros abordam a temática e são importantes no processo de despertar, do tirar a venda e passar a enxergar essas pessoas como elas são de verdade. Um deles é o “Vendedor de Sonhos”, do autor Augusto Cury, que aborda também como os moradores de rua são vistos pela sociedade, sempre como loucos, bêbados, que não tem condições financeiras e sem pretensão de sair das ruas.
O outro é um verdadeiro ‘sentir na pele’ todo o descaso que os moradores de rua passam. O jornalista e escritor Tomás Chiaverini transformou seus dias vivendo como morador de rua no livro-reportagem “Cama de Cimento”. O resultado é uma obra que relata o descaso da sociedade.
E aí, sentiu a responsabilidade que temos no processo de tornar essas pessoas visíveis, com direitos e amparo do governo para garantir a elas recursos mínimos e necessários para terem qualidade de vida? Então que tal sermos a diferença que queremos ver no mundo?
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