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Coluna Dom Antônio: Délio Simões Pádua, um dos primeiros empreendedores de Guarapari
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 4 de dezembro de 2022 às 09:00
Atualizado em 6 de dezembro de 2022 às 10:39
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Nasceu em Viana, há 95 anos numa família de onze irmãos, que se reuniram no dia oito de novembro para celebrar a data, já que a maioria ainda está viva.
Em 1947 veio para Guarapari, porque o tio Valter Simões tinha um caminhão de levar romeiros e outros passeios ou serviços. Buzinava a Ave Maria.
Três anos depois de trabalhar com o tio, comprou seu próprio caminhão, adaptando para levar e trazer turistas ou encomendas para Vitória e Vila Velha.
Trocou-o por outro modelo FK 9 com cabine especial na qual viajou nove meses com a Lelete a bordo e aí veio o primeiro filho, terminando com as viagens.
Vendeu o caminhão, comprando um carro de praça (taxi), com o qual trabalhou mais no Radium Hotel, levando os turistas para conhecer a cidade.
Trocou o taxi numa Kombi, que adaptou para viagens mais longas, com a qual levava para o Rio e Belo Horizonte. Quando aparecia, levava defuntos.
Fez algumas viagens com romeiros para Aparecida e outras vezes para assistirem ao Programa do Chacrinha, que era o Faustão da época.
Três vezes virou o velocímetro com cem mil quilômetros. Só ele dirigia! Colocou teto especial feito por ele mesmo e cortinas para viagens longas.
Vendeu a Kombi para comprar uma grande serra em Ponta Grossa, que ele mesmo buscou. Para puxar a madeira tinha três juntas de boi.
Vendeu a serraria que funcionava no Aeroporto, para comprar um grande terreno e montar o Hotel Tropical, que de início era só lava jato.
Construiu o hotel com piscina, sauna e restaurante, que vendeu para o Luiz que era sócio do Hotel Coronado e funciona até hoje.
Montou outro hotel, o Star que saiu do zero. Foi o pioneiro com os passeios de escuna na Praça Trajano, que vendeu ao Toquinho.
Comprou um terreno na Jones do Santos Neves e outro na Praia do Morro, onde construiu edifícios de apartamentos para alugar.
Vendeu os apartamentos de um deles e o Collor tomou o dinheiro, se desiludindo com os negócios por conta deste duro golpe.
Construiu uma casa na Lagoa Funda, onde morou 22 anos, tempo em que os dois se aposentaram e mudaram de vida.
Aí se dedicaram aos três filhos Alberto, Cláudio e Beth, que fez Medicina, se especializou em oftalmologia e é minha médica.
Estas estórias de Guarapari darão um livro!
*Antônio Ribeiro é administrador de empresas pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e Master Business Administration pela FGV, mestrado em Portugal e doutorado na Espanha. Autor de 47 livros já publicados e mais de 180 colunas sobre Guarapari.
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