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Coluna Dom Antônio: Guarapari pode ser modelo de voluntariado e mudar a vida de muitas pessoas no Brasil!
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 18 de setembro de 2022 às 09:00
Atualizado em 20 de setembro de 2022 às 09:20
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Mineira de Lambari, Sônia Ribeiro Garcia, que não é minha parente, mas mãe do nosso diretor Hamilton Garcia, veio passar quinze dias de férias em Setiba e se apaixonou pela cidade.
Vieram para cá mais duas vezes em férias e três anos depois estavam de muda definitiva, para o mesmo endereço em que estão há quarenta anos, onde o marido Paulista montou a quadra.
Simpática, bem falante e convincente, começou na reciclagem com Dona Gilda da Asscamarg, de início reciclando o lixo da sua família e pronto os vizinhos fizeram o mesmo, separando.
Logo conheceu a Secretária do Meio Ambiente, fizeram um folder motivando a coleta e para não pensarem que seria uma fonte de renda, deixaram bem claro tratar-se de um voluntariado.
O esposo continua com a reciclagem geral e ela evoluiu para as tampinhas, sensibilizada pelo abandono de cães e gatos, quando conheceu Dona Alana da ONG @guaratampinhasoficial.
Elas recolhem só as tampinhas de todo tipo de garrafas Pet com ajuda das crianças e professoras, que as entregam em pontos de coleta nas escolas e centralizam.
Empolgada com os resultados e com a ajuda da filha Selma, montaram uma rede de coleta das tampinhas com a apoio das casas que vendem ração para animais.
As pessoas guardam as tampinhas em sacolas de supermercado e quando vão comprar ração, as levam e depositam em uma caixa para este fim, simples assim!
Tive a oportunidade de ver a quantidade de uma coleta e me impressionei. Sacos e sacos só de tampinhas, que D. Sônia com a ajuda do filho, separa por cores.
Da matéria prima destas tampinhas picadas, fazem uma nova fundição, agora no formato de andadores para pessoas que não podem pagar pelo de alumínio.
Sistema similar ao que já acontecia com tampinhas de alumínio das latinhas de cerveja e refrigerantes, que fundidas se transformam em cadeiras de rodas.
Outro grupo de coleta direciona o resultado para uma clínica que realiza a castração de animais em situação de rua, para que não se multipliquem mais.
Empolgado com estas e outras opções de voluntariado que acontecem na cidade, penso que Guarapari poderia reciclar tudo, servindo de exemplo ao Brasil.
Aqui residem muitos aposentados, com boa renda e com tempo para se dedicar. Coisas não faltam. Só precisa ter vontade e procurar algo para se dedicar.
Muitas outras opções de reciclagem podem surgir como o que aconteceu com Dona Sônia e suas amigas. Basta montar grupos com ajuda do zap e começar.
Segundo ela, só precisa ter um dia da semana ou um horário do dia, para o voluntariado e se dedicar, fazendo disso fonte de novas amizades e uma vida melhor.
Lembrei da coleta seletiva do lixo em Curitiba, o SE-PA-RE, com uma sacola para o lixo e outra de cor diferente para o lixo que não é lixo. Aí é só reciclar.
Temos que rever nossos conceitos e participar de um mundo melhor!
Antônio Ribeiro é administrador de empresas pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e Master Business Administration pela FGV. Fez mestrado em Portugal e doutorado na Espanha. Autor de 47 livros já publicados e mais de 160 colunas sobre Guarapari.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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