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Coluna Dom Antônio: Muita atenção com os princípios de pneumonia: ela pode te levar ao hospital e outras complicações
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 5 de janeiro de 2025 às 09:00
Atualizado em 5 de janeiro de 2025 às 09:00
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Estive ausente da coluna do folhaonline.es por quatro meses, devido a uma pneumonia, que me deixou internado no Hospital Unimed, por 74 dias.
Esta foi minha terceira internação por este mesmo motivo, que me deixou 55 dias na UTI, dos quais 40 inconscientes, num total de 60 dias sem poder sair da cama.
Já adianto o final: estou há três semanas em cadeira de rodas e a previsão da fisioterapeuta é que ainda preciso um mês para conseguir sair dela. Um belo prejuízo!
Comento isso com os amigos, para que não passem pelo que eu passei. Na primeira, quando ninguém mais pegava covid, eu peguei sem manifestações, mas com uma semana de cama, quando fui levado ao hospital e internado na hora. Diagnóstico: insuficiência respiratória.
Fui intubado, com aquelas máscaras capacete da covid e passei os primeiros dias com aquilo para poder respirar. Como não resolvia, numa bateria de exames constataram que minha cretina da creatinina estava acima de seis, quando não deveria passar de dois. Isso quer dizer insuficiência renal crônica, a IRC.
Por elas, comecei lá mesmo as minhas sessões de hemodiálise, de quatro horas cada, para tirar cerca de dois litros de água em cada uma, todas as segundas, quartas e sextas.
Quando tive alta passei a fazer três vezes por semana, aqui no Instituto do Rim Guarapari, onde continuo até hoje.
Depois de um tempo, minhas canelas e tornozelos viviam inchados e numa gripezinha, que me deixou dez dias de cama, sem forças para levantar, com os pulmões cheios d’água.
Era a segunda pneumonia, que não saía, e depois de alguns exames e um cateterismo, deram o veredicto: entupimento e indicação para três pontes de safena e uma mamária.
Quis adiar por trinta dias para me preparar e a resposta foi: se te dá outro destes ataques não chegas com vida a Vitória.
Aceitei, me abriram o peito e a coxa, onde me sacaram as três das tais safenas e peito aberto esperando as novas. Feito isso, fiquei mais de duas semanas no Hospital, na UTI, para só depois me derem alta.
Quando tudo parecia bem, tive uma gripe de derrubar. À noite precisava de um urinol ao lado da cama, tanta a quantidade de catarro que expelida. Acordava três a quatro vezes por noite e de dia também. Depois de uma semana sem parar, a solução foi ir de novo para o Hospital Unimed Vitória, onde já dei entrada na emergência e logo me entubaram.
Uma traqueostomia e de novo aquelas máscaras desconfortáveis, que usava noite dia. Mas era o único jeito de respirar. Fiquei assim por mais uns cinco dias e por ter melhorado, me passaram para o quarto, com previsão de alta para dali a dois dias.
Nestes, tive uma outra parada, agora do coração, com pressão arterial de 6×4 e 5×3. Fui salvo graças a estes modernos reanimadores.
Pela gravidade do quadro, me foi colocado um marca-passo, primeiro provisório, pelo lado de fora, e depois de duas semanas, o definitivo, por dentro do peito. Com muitas orientações e restrições, me deram alta, não sem antes quase dez dias de recuperação.
Agora já entenderam o que um simples resfriado ou gripe mal tratados, podem te fazer, isso em três anos. Nestes estive mais de cem dias internado, dos quais mais de sessenta em UTI.
Entenderam agora por que não fiz as colunas. Na UTI não permitem o uso de celular e escrever não conseguia e o que escrevia, minha irmã e meu irmão não conseguiam entender, tal meu estado de insegurança.
Desculpem a ausência e afirmo que vou me cuidar mais para poder continuar escrevendo esta tão prazerosa coluna e assim manter contato com meus leitores assíduos.
Apareceu um sintoma de gripe? Corra para o médico!
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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