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Coluna Palavra de Fé: Diploma
Sigam os passos daqueles que pela fé e paciência conquistaram as promessas. - Hebreus 6:12, Bíblia Sagrada
Publicado em 21 de julho de 2024 às 12:00
Atualizado em 21 de julho de 2024 às 12:00
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O diploma é uma promessa. A retórica dos papéis fala muito em nossos dias. Vale o que está escrito e assinado. Todo papel é uma promessa. A receita de medicamento é uma promessa de amenizar a dor. O projeto de um edifício é uma promessa de segurança e firmeza.
O cheque, por exemplo, é uma promessa de pagamento. Agora, para que esse papel compense, depende de quem assinou. Eis o segredo das promessas: quem as assinam. A dor só é aplacada e a edificação só é segura a depender de quem assina o papel, de quem garante a promessa.
Um diploma nunca é assinado sozinho. São várias mãos. Esse papel- promessa vem assinado por pais que lutaram por provisão, por familiares que investiram, por cada um que durante a jornada pensou em desistir, mas seguiu resoluto.
Ah, com todas as mãos que assinam essa promessa, nossas expectativas precisam ser das mais elevadas. Sobretudo porque ela vem assinada pela apurada grafia que sustenta todas as coisas – nós o chamamos de Deus. Para isso, segundo a sabedoria de Hebreus, que haja fé e paciência.
Não a fé que nos acovarda da vida. Não a fé que nos faz esconder atrás de uma crença. Não a fé que nos torna superiores e seletivistas. Pelo contrário, a fé que nos impulsiona, que nos encoraja. O oposto da fé não é a descrença, mas sim o medo.
Fé que nos torna humanos e não deuses. “Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?” Disse Fernando Pessoa, sob o heterônimo Álvaro de Campos. Gente que erra, cai, machuca, levanta. Gente ferida, marcada, mas abençoada.
Na vida perdemos muitos mais do que dinheiro, amigos, entes queridos ou saúde. Às vezes nos perdemos de nós mesmos. Esse vazio existencial levou o poeta brasileiro a sabiamente considerar um “caçador de mim.” Somos caçadores de sentido, de vocação, de plenitude.
A fé é o instrumento do encontro – não apenas com o transcendente, mas consigo mesmo. Além dela, paciência. Elas não são opostas, mas sim complementares. Ao mesmo tempo que a fé impulsiona, a paciência mantém nossos pés no chão.
A vida tem um ritmo para cada um. Ou melhor, cada um tem um ritmo diante da vida. Descubra seu ritmo, supere seu ritmo.
Edgar Morrim, filosofo francês, ensinou que nas sociedades burocratizadas, considera-se adulto aquele que se conforma em viver menos para não ter que morrer muito. Entretanto, o segredo da juventude é este: viver significa arriscar-se a morrer; e fúria de viver significa viver a dificuldade.
Com essas simples palavras, desejo que a promessa do papel-diploma inaugure um tempo de muitas conquistas. Nas palavras do Senhor Jesus, aquele que assina a promessa, que todos desfrutem de “vida abundante” – esperando coisas grandes, como grande é o nosso Deus.
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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