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Coluna Palavra de Fé: Por que vou à igreja?
Por Raphael Abdalla
Publicado em 19 de novembro de 2023 às 11:00
Atualizado em 19 de novembro de 2023 às 11:00
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Porque na igreja aprendi a praticar solidariedade. Solidariedade como nenhum governo jamais conhecerá. É o auxílio sem trocas, a união divina da graça com misericórdia, a santidade da mão estendida. Repartir o pão não é prática partidária, mas sim comunitária.
Porque na igreja aprendi a consolar. Fui também muito consolado. Comecei a chorar com os que choram, me alegrar com os que se alegram. Aprendi o poder de um toque, de uma palavra, de um abraço. Aprendi que dizer “eu te amo” não é coisa só de casais e de familiares, que palavras também são remédios.
Porque na igreja aprendi que o mundo é maior que meu umbigo. Que posso estar errado, que conviver com o diferente não me torna pior, que não sou superior a ninguém. Aprendi – sim – que estamos todos submetidos ao senhorio de Cristo, o Deus que não me atraiu com algemas, mas com laços de amor (Os. 11:4) e me mostrou um referencial maior que minhas concepções.
Porque na igreja aprendi o respeito aos líderes. O apreço e vênia que sempre atribuí aos meus pastores hoje refletem no ministério que o Senhor me confiou. Aprendi com eles que sabedoria se transmite, que de nada vale entender os segredos do Universo sem ensinar, discipular, passar adiante.
Porque na igreja aprendi que a fé não é o oposto da razão, mas – sim – a expansão da razão. Com a fé vejo o que minha razão não vê. Aprendi que nem tudo que existe pode ser colocado em tubo de ensaio para análise científica. Aprendi que até mesmo o doutor mais cheio de títulos precisa da boa e velha dose de amor. Percebi que tudo que aprendi nos bancos da escola e da Universidade não chega nem aos pés do que adquiri no banco da EBD.
Porque na igreja conheci a Palavra de Deus. Descobri o Livro dos livros. Percebi que muito do que aprendi na escola já constava há milênios nas Escrituras Sagradas. Compreendi sua importância histórica, profética, social, espiritual. Vi que o homem não é medido de todas as coisas, mas pode ser bem-aventurado quando guiar-se pelo Manual Santo.
Porque na igreja aprendi que a imperfeição é fator humano. Que quase todos são imperfeitos, a exceção a que o “quase” se refere chama-se Jesus, o Cristo. O Deus que nos capacita, que nos ama apesar dos erros. Aprendi que errar é humano, mas santificar-se é divino.
Porque conclui que nenhuma outra comunidade do mundo se organiza na forma de um corpo. Corpo que é vivificado pelo sangue do Cristo, revestido pelo Espírito e guiado pelo Pai das luzes. Comunidade protegida por Ele, noiva Dele. Comunidade que constrói, reconstrói, vive, ama, encaminha e abençoa.
Porque já surgiram muitas teorias, movimentos e bandeiras e, mesmo assim, a Igreja continua erguida. Certamente surgirão ainda mais ataques, mas permaneceremos firmes e constantes porque sabemos que existe um modelo de comunidade planejada por Deus e que esse modelo possui um nome: IGREJA.
Raphael Abdalla é pastor titular da Primeira Igreja Batista em Guarapari e presidente da Convenção Batista do Espírito Santo. Possui formação em Direito, Teologia e MBA em Liderança. Idealizador do projeto Redes de Voluntários. Casado com Ana Paula Abdalla.
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