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Coluna Palavra de Fé: Sobre sapatos e canetas
Publicado em 7 de julho de 2024 às 12:00
Atualizado em 7 de julho de 2024 às 12:00
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Dentre todas as diferenças materiais, estruturais e utilitárias que existem entre sapatos e canetas, encontro uma semelhança: ambos são objetos que nós perdemos constantemente.
A diferença é que os sapatos nós perdemos por necessidade – já que nossos pés crescem -, mas as canetas nós perdemos por descuido.
Devemos dar graças a Deus por coisas em nossas vidas que são como sapatos, com o tempo não nos servem mais. Em 1ª aos Coríntios 13, a mais bela narrativa de Paulo sobre o amor, ele diz no versículo 11: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” Crescer é necessário, amadurecer é importante, deixar velhos hábitos é indispensável. Torna-se impossível calçarmos pequenos sapatos em grandes pés.
Mas, infelizmente, existem coisas em nossas vidas que são como canetas, que vão embora de nossas vidas sem darmos conta. Perdemos amigos por descuido, muitas vezes até valores – pegamo-nos dizendo coisas que pensamos que nunca diríamos.
Assim como canetas que se vão, perdemos muitas vezes a sinceridade nos relacionamentos, mesmo sabendo que nosso relacionamento com o próximo reflete nossa comunhão com Deus. Perdemos também o dom da entrega, da total doação a Deus. Esquecemos-nos que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (Atos 20:35)
Por vezes perdemos ainda algo que um dia Davi perdeu: a alegria da salvação – não a salvação em si, mas o gozo de sermos salvos do mundo, a felicidade de pertencermos ao Deus que nos resgatou das trevas para sua maravilhosa luz. Louvo a Deus porque mesmo tendo perdido algo, Davi teve a coragem de confessar a Deus e pedir ajuda: “Restitui-me a alegria da tua salvação.” (Salmo 51:12a)
Você já perdeu alguma caneta? Sim, com certeza. A minha oração é que como Davi, nós tenhamos a coragem de reconhecer o que perdemos e pedirmos ajuda a Deus para nos ajudar a encontrar.
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es