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Comerciantes querem liberação da rua lateral do Estádio no Centro

Por Glenda Machado

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 22:07

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Interditada há 76 dias, local virou abrigo de moradores de rua, ponto de encontro de usuários de drogas e até alvo de bandidos

IMG_5221 Mau cheiro de urina e fezes de moradores de rua, ponto de encontro de usuários de drogas, facilidade para assaltos no entorno e até furto de materiais da obra. Esse é o cenário visto por quem passa pela Rua Lindolpho São Mascarenhas – na lateral do Estádio Davino Matos no Centro. Interditada há 76 dias, a situação tem deixado motoristas, moradores e comerciantes indignados.

A nossa equipe de reportagem, hoje à tarde, por exemplo, flagrou três rapazes na parte interna do estádio “pegando” materiais de construção civil. À noite, moradores contam que o local tornou-se abrigo para a população de rua e usuários de drogas. Comerciantes também destacam que a via virou rota de fuga para assaltantes que têm roubado lojas do entorno.

O caso virou pauta de reunião da Rede de Promoção de Ambientes Seguros (Repas). No dia 24 de setembro ficou acordado que seria buscada alguma alternativa sob responsabilidade da Associação dos Comerciantes do Centro. O presidente Marcius José Passos e o vice Themistocles Neto solicitaram um laudo a um engenheiro responsável e com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

“É muito descaso com o cidadão, o cheiro está insuportável, as pessoas estão com medo de passar ali porque virou abrigo de morador de rua e de drogado. Sem falar que diante de tantos problemas de mobilidade urbana fecharam uma via alternativa. O trânsito está mais caótico e não temos previsão de nada. Protocolamos o processo na prefeitura no dia 29 de setembro e até agora nada”, afirma o vice-presidente da Associação, Themistocles Neto.

IMG_5229A rua foi interditada no dia 21 de julho após a justiça embargar a obra que estava demolindo a arquibancada do estádio para a construção de um mega empreendimento no local. A Defesa Civil Municipal solicitou a intervenção na rua, pois o laudo constatava que a estrutura tinha sido abalada e corria risco de cair a qualquer momento. Segundo o órgão, não há previsão para liberação da rua.

“Enquanto houver risco, a nossa orientação é pela interdição. Nós prezamos a segurança, primeiro pela vida dos transeuntes e depois pelo patrimônio das pessoas na região. A Defesa Civil só está fazendo o que é de sua responsabilidade: resguardar a vida. Depois algum destroço cai ali, mata alguém, e a culpa vai ser de quem?”, questiona o gerente da Defesa Civil Municipal, Emerson Henrique de Oliveira.

Já a prefeitura, quem concedeu a licença à empresa para a demolição da arquibancada, informou que o processo está sendo analisado pela Coordenadoria da Defesa Civil. A empresa responsável pela obra – Alfa Construtora – poderia tentar derrubar a liminar para retomar a demolição. Mas, segundo o Tribunal de Justiça do Estado (TJES), ainda não há novidades no processo.

 

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