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Comerciantes se queixam de banheiros da orla do canal de Guarapari, que seguem fechados
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 16:46
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Embora a obra tenha sido entregue em setembro de 2018, os banheiros nunca foram liberados para uso
A obra da nova orla do canal de Guarapari foi entregue em setembro de 2018, contudo, os banheiros nunca foram abertos ao público. A falta de acesso aos sanitários é motivo de queixa dos comerciantes dos arredores e pedestres que circulam pelo local. Isso porque, com a interdição dos banheiros públicos, eles se veem obrigados a pagar para utilizar outro espaço.
Uma comerciante, que preferiu não ser identificada, afirma que trabalha nas proximidades do canal e, por não poder utilizar o banheiro do local, gasta cerca de R$5 por dia. “Nós temos uma necessidade muito grande de ter um banheiro público aqui, porque a gente acaba usando o banheiro da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, que cobra um real por uso. Então eu acabo gastando cinco reais por dia para ir ao banheiro, o que no fim do mês é um gasto muito grande”, conta ela.
Segundo a comerciante, ela não é a única prejudicada pela falta dos banheiros públicos, os pescadores, ambulantes e turistas também são afetados. “Os turistas que chegam de escuna precisam usar o banheiro e nos pedem informação, a gente acaba indicando a Igreja Católica. É uma vergonha para a gente ter uma orla tão bonita e um banheiro que não pode ser usado”.
A entrevistada relata ainda que, embora nunca tenham sido abertos para uso, os banheiros já não encontram-se em perfeito estado. “Colocaram tapumes na entrada porque algumas pessoas entravam lá e destruíam as coisas. As pias e vasos sanitários estão todos quebrados”, diz. Em abril de 2019, após a divulgação de um vídeo que exibia o estado de depredação do espaço, Prefeitura Municipal de Guarapari interditou a entrada dos sanitários com tapume chumbado e isolou as portas com concreto. Desde então, o acesso aos banheiros permanece bloqueado.
Josimilson Campos de Oliveira tem uma banca de peixe em frente à orla do canal e conta que, quando quer usar o banheiro, recorre a outro comércio, que também cobra R$1 pelo uso. No entanto, quando se trata dos clientes, o constrangimento é maior. “Às vezes a pessoa vem comprar um peixe e pergunta onde fica o banheiro, é realmente muito constrangedor não ter um banheiro público para indicar”.
Procuramos a Prefeitura para esclarecer se os banheiros passarão por reformas e quando serão liberados para uso, mas, até o fechamento desta reportagem, não obtivemos respostas.
Em tempo:
No último contato que fizemos com a Prefeitura, em abril de 2019, a Secretaria de Postura e Trânsito informou que a gestão da orla estava sob responsabilidade do Governo do Estado. Na ocasião, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES) afirmou que a administração do local havia sido transferida para a Prefeitura desde o final de 2018. Procuramos novamente o DER, que confirmou a informação fornecida anteriormente.
Texto: Nicolly Credi-Dio
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