Comida de rua: saem os carrinhos, entram os carrões

Seguindo a nova moda da gastronomia de rua, vereador quer regulamentar o funcionamento de food trucks em Guarapari. Investimento para entrar no ramo pode chegar aos R$ 300 mil.

Os “carros de comida” já são opção de negócio gastronômico em várias cidades do Brasil.

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Nos últimos anos, a paisagem das orlas de Guarapari ganhou ares, digamos, mais espaçosos, com a diminuição gradual dos carrinhos que vendem comida de rua a exemplo de pipoca, churros, cachorro-quente e churrasquinhos. Mas existe a possibilidade de que a partir do próximo verão, o cenário seja “modernizado” com a presença dos Food Trucks, nova moda da gastronomia que já conquistou os consumidores de cidades como São Paulo, Brasília e Vitória.

O vereador Dito Xaréu (SDD), protocolou, no dia 10 de junho, o PL 086/2015, que dispõe sobre a liberação e regras para prática de Food Trucks e comercialização de alimentos em veículos automotores no município de Guarapari. A matéria já foi aprovada por unanimidade na Câmara e agora aguarda a sanção pelo prefeito Orly Gomes. (Confira o projeto na íntegra na galeria de fotos abaixo da matéria).

Dito explica que o projeto de lei é inspirado no modelo que já dá certo em algumas capitais. Para ele, Guarapari, como cidade turística também precisa entrar neste circuito.

“Existe um grande potencial neste negócio, no turismo e também na promoção de eventos especiais, fora de época. Quando souberam do projeto, alguns empresários já nos procuraram, dizendo que assim que for regularizado, vão buscar obter a licença”, destacou.

Ele também afirma que não espera dificuldades na aprovação do projeto pelo Executivo. “Quando apresentei o texto, a administração ficou surpresa, pois estavam buscando fazer uma lei semelhante em paralelo. Na semana que vem, vamos participar de uma reunião com a Comissão de Ordenamento para ver a questão de número de licenças e definição de pontos de estacionamento. Talvez, teremos que fazer algumas emendas no texto original, mas nada que altere a essência”, adianta.

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O MODELO: Pode-se definir Food Truck como uma cozinha móvel, de dimensões pequenas, sobre rodas que transporta e vende alimentos, de forma itinerante. A infraestrutura necessária deve atender às necessidades de preparação e comercialização dos alimentos, segundo às exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Prefeitura, Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Os modelos e o custo para se adequar às diversas legislações variam bastante.

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Investimento para poucos. Mas montar esse tipo de negócio não sai barato. Segundo informações do Sebrae Nacional, o investimento pode variar entre R$ 80 mil a R$ 200 mil, dependendo da tecnologia utilizada, adequações de suspensão e freios para tolerar o peso da cozinha e os equipamentos instalados. Isso sem contar o preço do veículo. Uma van – carro mais popular nessa atividade – custa, em média, R$ 100 mil.

Sobre essa questão, o vereador justifica que os vendedores de carrinhos não devem se sentir excluídos. “Queremos que todos possam trabalhar, independente se o negócio é médio, pequeno ou grande. Aos poucos, todos nós vereadores, vamos buscar novos meios de resgatar a comida de rua na cidade, que é tão importante para nossa economia”, conclui.

Confira abaixo, o projeto de lei na íntegra: