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Como aprender matemática de uma vez por todas
Publicado em 16 de setembro de 2020 às 09:50
Atualizado em 17 de setembro de 2020 às 11:16
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A matemática costuma ser uma das disciplinas mais temidas pelos alunos ao longo do período de formação, do ensino básico ao universitário.
A exigência por obter bons resultados nas provas nem sempre é atingida conforme o estudante deseja e, por tabela, aumenta a pressão de familiares e a cobrança na qual ele próprio se submete.
Mas a nota alcançada não representa, necessariamente, um verdadeiro aprendizado, porque todo o conteúdo estudado para um exame pode ser esquecido.
Para criar habilidade com números, cálculos, derivadas, porcentagens, equações, entre outros, é necessário avaliar a qualidade do processo de aprendizagem.
Cada pessoa possui um ritmo e um jeito de entender o conteúdo e precisa encontrar seu caminho.
No livro “Como aprendemos”, Benedict Carey, jornalista especializado em ciência, explica que é necessário variar o ambiente de estudo de tempos em tempos para estimular o cérebro.
Segundo pesquisas, o segredo não é dedicar períodos extensos aos estudos, mas saber programar turnos bem distribuídos em diferentes dias, sem se esquecer da revisão.
É justamente rever o conhecimento que favorece a absorção e a retenção do conhecimento.
Se a pessoa está às voltas com a necessidade de aprender limites para uma prova, por exemplo, o ideal é não estudar em cima da hora.
Quanto mais cedo começar a praticar, mais sessões de aprendizado e revisão com intervalos serão possíveis.
E nelas é importante falar, fazer testes, anotações – abordar o assunto de diferentes maneiras e com estímulos dos diversos sentidos.
Para o coordenador pedagógico do Responde Aí, Jorge Alberto Santos, “a melhor forma de aprender cálculo é não perder muito tempo na teoria e praticar o máximo possível. O ideal é pegar exercícios de livros, da lista do professor, e até mesmo de provas antigas se for possível. Quanto maior for o número de exercícios resolvidos, maior será a confiança na hora da prova, já que muitas vezes as questões são parecidas”, explica.
Ainda de acordo com Benedict Carey, os alunos podem esquecer aquela ideia de virar a noite para estudar matemática. O sacrifício tem grandes chances de ser em vão porque sono de qualidade ajuda na compreensão.
Fazer uma revisão logo antes de dormir pode ajudar a consolidar o aprendizado, porque a segunda metade do sono é importante para habilidades matemáticas.
Vencendo o medo da matemática
A matemática é repleta de desdobramentos, um conceito impacta em outros aprendizados, alguns, com complexidade maior.
O ideal é estabelecer uma relação amistosa e menos traumática com a matéria, desde o início.
Então, se a base não for bem construída, os resultados não aparecem nem a curto, nem a médio e especialmente a longo prazo.
Por isso, muitos chegam aos cursos de Exatas nas universidades com dificuldades para acompanhar o ritmo necessário.
Decorar não resolve a situação, porque cria uma alternativa momentânea que nem sempre se converte em aprendizado definitivo, aquele ao qual o estudante pode recorrer sempre que precisar.
O aluno precisa trabalhar no sentido de tirar o estigma da dificuldade com a matemática. “Muitas vezes, a maior dificuldade em matemática é dar o primeiro passo nas questões. O ideal é tentar olhar alguns exercícios resolvidos para entender o passo e passo, e depois praticar sozinho. Com o tempo, o aluno acaba entendendo os métodos, e as resoluções saem de forma natural”, ressalta Jorge, do Responde Aí.
O percurso de aprendizado deve ser de persistência e de exercícios. Repetir várias vezes, errar muito e tentar bastante, tirar dúvidas, até acertar sabendo por que acertou.
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es