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Construção civil: a maior indústria da cidade e a segunda maior geradora de emprego
Por Glenda Machado
Publicado em 15 de setembro de 2016 às 16:44
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“Os novos empreendimentos e a compra e venda caíram 40%. Os alugueis anuais tiveram queda de 50% e os de temporada passaram de 100% de ocupação para 62%”, conta Fernando
A construção civil é a maior indústria da cidade e a segunda maior geradora de empregos. Para valorizar os profissionais da área e garantir os direitos dos empresários foi criado o Sindicato da Construção Civil de Guarapari (Sindicig). Hoje, já são 60 associados.
Em novembro, a entidade completa 23 anos e comemora muitas vitórias erguidas com trabalho, dedicação e representatividade. Quem conta um pouquinho dessa história de avanços e aprendizados é o presidente do Sindicato, Fernando Otávio Campos da Silva.
Folha da Cidade – Qual o papel do Sindicig?
Fernando Campos – Primeiro é unir a categoria com cursos e treinamentos para qualificar a mão de obra assim como promover e participar de feiras para modernizar os projetos. Juntos, conseguimos efetuar compras coletivas para ter acesso a grandes aquisições e serviços, como compra de elevadores, seguro de vida, plano de saúde, plano odontológico. O próximo passo é montar uma clínica de saúde para os trabalhadores.
FC – E como o setor está hoje no mercado?
Passamos por uma crise econômica e política aliada à paralisação da Samarco. Os novos empreendimentos e a compra e venda caíram 40%. Os alugueis anuais tiveram queda de 50% e os de temporada passaram de 100% de ocupação para 62%. Mas Guarapari tem uma linha econômica diferente da Grande Vitória. Lá, o impacto foi maior, porque os financiamentos são através dos bancos. Aqui, já temos a política de negociação direta do cliente com os construtores. De uma curva em queda, hoje podemos dizer que estamos começando a subir.
FC – O que falta para a economia engrenar de vez?
Precisamos ordenar a cidade, divulgar como destino turístico, investir em serviços de qualidade. Antes da Samarco, a nossa venda era de 50% a 60% para público de fora. Hoje, 80% são para fora. Então caiu a venda interna, porque não temos investimentos internos como, por exemplo, um polo empresarial. Para vender o imóvel precisamos vender a cidade e tudo isso faz parte dessa cadeia turística. Todos nós dependemos direta ou indiretamente do turismo.
FC – Os cruzeiros então podem ser uma alternativa?
Uma boa alternativa para divulgação, porque os turistas só passam o dia. Mas se pararmos para analisar, quantas pessoas tiveram acesso ao roteiro na hora de se vender o cruzeiro? Se cada navio traz em média quatro mil turistas, ele teve que divulgar pelo menos para 100 mil pessoas. Então é uma oportunidade que não podemos perder.
FC – E a nova lei que isenta a cobrança do IPTU por cinco anos aos novos loteamentos?
Hoje, o nosso setor é responsável por 40% dos impostos municipais. Um prédio para ser construído demora em torno de três anos, desde o projeto até a entrega. Nesse tempo, gera uma receita de pelo menos R$ 1 milhão por ano para a prefeitura entre taxas, licenciamentos, alvarás, autorizações, novos IPTUs. Não se trata de renúncia fiscal, porque um terreno rural parado não recolhe imposto para o município. Trata-se de um incentivo para que se invista em áreas mais distantes e gere emprego e renda. A isenção é até que se venda o lote e os irregulares não estão inclusos.
FC – Em época de eleição, o que a construção civil espera do novo gestor?
Precisamos modernizar o sistema. A burocracia atrasa muito os investimentos, provoca erros e aumenta despesas para o município. Hoje, primeiro você tem que ir à Secretaria de Projetos. Lá colhem todas as informações do projeto. Depois você repete o mesmo processo na Secretaria de Meio Ambiente e no Cadastro. É uma reivindicação da categoria e vamos trabalhar para auxiliar na solução desse problema e outros gargalos que dificultam o desenvolvimento da nossa cidade.
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