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Corte em vegetação nativa revolta moradores de Guaibura, em Guarapari
O Morro de Guaibura está em processo de licenciamento para a construção de um condomínio privado desde 2018
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 28 de junho de 2023 às 09:26
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No início da tarde da última segunda-feira (26), moradores da Praia de Guaibura, em Nova Guarapari, foram surpreendidos com a presença de uma empresa particular, especializada em projetos ambientais, que fez cortes e podas no Morro de Guaibura, sem o conhecimento da população.
A ação, segundo a moradora Thais de Almeida que esteve presente, não pode acontecer, por envolver a supressão de vegetação nativa. “Isto é um crime ambiental grave. A pessoa que se considera proprietária desta área de preservação, está errada em contratar uma empresa, sem apresentar licença para esta atitude. Podemos ver espécies como aroeira, araçá, ingá e outras nativas, já cortadas. Isso gera um desgaste enorme para o ecossistema vivo aqui”, lamenta.
Thais relata que questionou ao representante da empresa sobre o serviço, mas o responsável presente se negou a dar detalhes à moradora que, vendo o desmatamento, fez denúncias à Polícia Ambiental, ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e outros órgãos responsáveis. “Registrei tudo, mas não pude impedir, infelizmente. Nas denúncias que fiz, fui informada que realmente não existe licença do Idaf para esta atitude, mas ainda assim, houve o desmatamento”.
Após a conclusão do serviço, a Polícia Militar Ambiental esteve no local para análise e, segundo Thais, informou que fotos serão anexas ao boletim registrado pelos policiais.
O morro, que está em processo de licenciamento para construção de um condomínio privado, possui vegetação nativa de Mata Atlântica e restinga, é considerado Área de Preservação Ambiental, segundo a Resolução N.º 3/1991, do Conselho Estadual de Cultura, a Lei N.º 4.152/1988 do Estado do Espírito Santo, a Resolução Conama 303/2002, e o Processo 38009137 – que correu no Iema e Seama ES.
Questionados se há liberação para o corte realizado e previsão de novos cortes no local, a Prefeitura de Guarapari e o Idaf não responderam até o fechamento da matéria.
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