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De corredora a ultramaratonista: conheça a trajetória da atleta de Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 28 de maio de 2019 às 15:53
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Naysa Taboada conquistou pódio no final de semana em sua primeira ultramaratona
No último domingo (26) a funcionária pública de Guarapari, Naysa Taboada, 41 anos, superou mais um desafio e ficou em 4º lugar geral entre as mulheres na corrida RSrunners Ultramaratona realizada em Jerônimo Monteiro, sul do Espírito Santo. A corredora estava realizando a ultramaratona pela primeira vez e o pódio foi uma surpresa. “Sempre tive a intenção de correr para ter uma vida saudável e poder relaxar da rotina do dia a dia. Mas a cada novo quilômetro conquistado, buscava novos desafios, sempre com a intenção de completar as provas com foco e tranquilidade, nunca em pódio”, contou Naysa que correu 50 km.
A atleta sempre foi fã de esportes e há seis anos treina com a assessoria esportiva comandada por Felipe Rocha. “Ela entrou no grupo de corrida junto com o marido, Ronaldo Alvarenga, na tentativa de encontrarem um esporte onde o casal pudesse praticar junto. Logo surgiram pequenos desafios como provas de 5 km e 10 km. E quando nos demos conta, já estavam competindo 16 km. Um pouco mais de treino e veio a primeira meia maratona. Mais quatro anos de treino a primeira maratona. Em janeiro desse ano, Naysa aceitou o desafio de fazer sua primeira ultramaratona, 50 km em Jerônimo Monteiro, em meio a muitos morros da cidade capixaba”, descreveu.
Foram quatro meses e meio de preparação, tanto física quanto psicológica, para que Naysa pudesse participar, pela primeira vez, de uma corrida de longa distância. “Esse tempo de preparação foi bom para o nível de treinamento dela. Foi muita dedicação nos treinos, chegando mais cedo, treinando sozinha, fazendo mais dias que os colegas de equipe, tudo para realizar o sonho”, relatou Felipe.
“Me apaixonei pela corrida de rua assim que iniciei”, disse Naysa. A atleta contou que depois de um tempo praticando, ela e o marido sentiram falta de algo novo e desafiador. “Comecei a competir por uma superação pessoal, e a cada nova vitória vinha o gostinho de dever cumprido e a busca de um novo desafio, a adrenalina vicia”, explicou.
O marido da atleta, também corredor, exaltou a dedicação da esposa. “Ela sempre levou em conta o bem estar físico e mental antes da competição em si. Foi ideia dela fazermos atividade física juntos para um ajudar o outro. Sempre achou doideira fazer uma ultramaratona, mas depois de vitórias e pódios ao longo dos anos, decidiu aceitar o desafio”, destacou Ronaldo.
Sobre a ultramaratona, o treinador relatou que estava correndo tudo dentro do combinado até a atleta errar o local. “Estava tudo certo, ela em ritmo tranquilo para concluir a prova bem, que era o objetivo inicial. Mas com 45 km de prova, eis que surge uma dúvida no trajeto. Naysa ficou parada certo tempo à espera de um competidor para ajudá-la a decidir para onde ir. Resultado, eles pegaram o caminho errado e correram por volta de 1,5 km a mais perdendo em torno de 30 minutos da prova. Mas ela é guerreira e conseguiu voltar ao trajeto e de quebra conquistou o 4° lugar geral entre as mulheres”, falou um orgulhoso professor.
“Felipe sempre foi parceiro, me incentivando e acreditando no meu potencial. Nós conversamos muito sobre os nossos projetos e objetivos e ele sempre respeitou minhas decisões”, finalizou a corredora.
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