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DENARC de Guarapari explica sobre a operação de combate ao tráfico de haxixe

Por Redação Folhaonline.es

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 17:10

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Foto: Divulgação

Na última sexta-feira (07), uma coletiva feita pela Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC) de Guarapari foi realizada, no intuito de esclarecer a operação de combate ao tráfico de haxixe na região metropolitana da Grande Vitória. A investigação resultou em 27 mandatos de busca cumpridos e 14 mandatos de prisão, no qual oito foram cumpridos e os demais estão foragidos.

Guilherme Rodrigues, delegado da DENARC de Guarapari, explicou sobre a operação. “A investigação teve início em setembro de 2021, quando policiais da DENARC de Guarapari apreenderam um jovem que vinha promovendo a entrega de maconha e haxixe em domicilio”. Após uma proposta de delação premiada, o jovem entregou os fornecedores de ambas as drogas, sendo o de maconha logo apreendido, em Guarapari. “No caso do haxixe, percebemos que a investigação poderia ir além”, disse.

Por estar preso, o revendedor de Guarapari não conseguiu pagar o fornecedor de haxixe, que também ficou em dívida com outro fornecedor em uma escala maior. Esse fornecedor menor foi sequestrado juntamente com um laranja e um deles foi espancado, solto e encaminhado para o hospital São Lucas, em Vitória, onde teve alta e saiu do estado.

Após serem libertados, as famílias de ambos passaram a ser extorquidas, vendendo bens para conseguir acabar com a dívida. “Logo após foi realizada a prisão desse fornecedor que vendia para o traficante de Guarapari, com quem também foi feito um acordo de delação premiada”, contou Guilherme. Dessa delação, outras duas prisões foram feitas: a do fornecedor que cometeu os atos de violência e de outro laranja, que recebia nas contas a maior parte dos valores pagos pelas famílias que estavam sendo extorquidas.

Logo após, policiais da DENARC solicitaram ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) um relatório das transações desses traficantes. Dessa forma, descobriram que o fornecedor que havia cometido os atos de violência tinha, em período de meses, movimentado aproximadamente R$ 1 milhão, além de manter contato com outras cinco pessoas, tidas como sócias, que movimentavam quantias maiores ou semelhantes e tinham contato com pessoas envolvidas no tráfico de haxixe.

Após uma investigação acerca dessas transações, policiais descobriram que a droga era vendida também para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo o traficante uma das maiores referências nacionais no tráfico de haxixe. Além disso, a polícia civil do Rio de Janeiro tentou prender esse traficante na Capital Fluminense, entretanto na época ele usava documentos falsos para burlar a lei. A polícia mineira também tentou várias vezes realizar a prisão do indivíduo, tendo emitido um mandato que foi cumprido em maio deste ano no Espírito Santo.

Segundo o delegado, aproximadamente dois quilos de haxixe foram apreendidos, o que equivale a aproximadamente 200 mil reais, além de outras drogas como maconha e cocaína. Além disso, as contas que transacionavam dinheiro foram bloqueadas, e quatro dos cinco tiveram a prisão decretada por dúvida de um deles ser laranja. “Descobrimos que um deles tinha conta no aplicativo PicPay cedida ao irmão que movimentava dinheiro em favor de um traficante”.

Rastros dessa organização foram encontrados em São Paulo, vários estados do nordeste e em alguns países que fazem fronteira com o Paraguai. Além das oito prisões, uma pessoa foi presa em flagrante durante as investigações por posse de droga. A operação relatou tráfico interestadual, tortura, extorsão e lavagem de dinheiro.

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