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Denúncia pede afastamento de Wanderlei da presidência da Câmara
Por Livia Rangel
Publicado em 20 de outubro de 2016 às 17:31
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Clima tenso na sessão da Câmara Municipal de Guarapari nesta quinta-feira (20). Foi protocolada na Casa de Leis uma denúncia por infração político administrativa de autoria de Paola Moreira Pinto contra o vereador Wanderlei Astori (PEN), pedindo o seu afastamento da presidência.
Um dos motivos apontados foi o desaparecimento do projeto de lei do PDM, que seria votado em sessão extraordinária às 14 horas, mas que acabou cancelada por falta de quórum.
A denúncia veio à tona na sessão ordinária, que começou às 15 horas, com o pedido do vereador Ronaldo Tainha (PSB) para que fosse colocada em votação. Se aprovada, Wandelei seria afastado imediatamente do cargo, com o vice-presidente – no caso o vereador Jorge Ramos (PPS) -, assumindo o seu lugar.
Antes que a fala de Tainha fosse concluída, Wanderlei recusou a entrada da denúncia na pauta do dia e pediu a suspensão da sessão por cinco minutos para esfriar os ânimos (veja vídeo no final da matéria). Segundo ele, a representação tinha sido protocolada há menos de uma hora e deveria se esperar pelo menos 24 horas para que a matéria entrasse na pauta.
A sessão foi retomada por outras duas vezes, sempre com os vereadores pressionando pela votação da denúncia, alegando que o regimento interno permitiria a votação imediata e Wanderlei rebatendo que colocaria na pauta da sessão seguinte, que acontece na próxima terça-feira (25).
Em uma manobra utilizando o próprio regimento, o presidente da Casa enfim pediu a suspensão pela terceira vez, o que ocasionou o encerramento da sessão e deu ainda mais munição aos parlamentares insatisfeitos com a sua gestão.
Uma deles é a vereadora Fernanda Mazzelli. “Hoje, o regimento da Câmara foi rasgado. Ele permite que a votação aconteça sem esse intervalo de 24 horas e não quis nos ouvir. Essa só é mais uma prova de que ele não está capacitado para assumir a presidência e um ato de desrespeito ao povo que pede transparência, mas ele não deixa. O que podemos fazer agora é aguardar pela próxima sessão, onde ele precisa colocar a denúncia em pauta”.
Depois da sessão encerrada, Wanderlei justificou que não poderia colocar em pauta por não ter tido tempo hábil para ler e tomar conhecimento do que se trata a denúncia. “Estou tranquilo. Vou colocar em votação na terça ou em alguma extraordinária. Acho que foi muito precipitado fazer a denúncia, porque já expliquei antes o que aconteceu com o projeto do PDM. Hoje mesmo já solicitei a cópia ao Executivo e vou colocar na pauta da próxima sessão. Eu errei, mas quem não erra também?”, declarou.
Fim do salário para vereador. Outro assunto polêmico que permearia a sessão dessa quinta era o projeto de resolução 008/2016, que pedia o fim do salário para os vereadores a partir da próxima legislatura. Porém, ele foi retirado de pauta a pedido do próprio autor, Germano Borges. Ele explicou que o projeto na redação atual era contra a Constituição.
“Percebi que o projeto estava errado, pois permitia a remuneração de apenas um dos vereadores, que é o presidente. Então resolvi retirar da pauta e corrigí-lo, não tirando o salário completamente, mas diminuindo para um salário mínimo, atualmente de R$ 880,00. Eu não desisti da proposta e vou lutar para colocar em pauta este ano. É só o presidente autorizar”.
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