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Fim de ano: Guaraparienses praticam o desapego
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 6 de dezembro de 2020 às 15:00
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Nessa época do ano, é comum as pessoas reservarem um tempo para fazer algumas arrumações, se desfazer de coisas que não usam mais e doar aquilo que ainda será útil a outra pessoa; essa também pode ser até uma oportunidade de ter uma renda extra com a venda de itens usados. Especialistas defendem os benefícios dessa iniciativa, que pode ser feita o ano todo.
A permanência maior em casa por conta da pandemia, por exemplo, fez muita gente promover uma arrumação no lar. Agora, com ano novo se aproximando a passos largos, é hora de deixar o “velho” para trás, e só levar coisas boas e energias positivas para o próximo ano. Isso inclui metas, hábitos, objetos e roupas!
Contudo, com o pensamento de manter no guarda-roupa somente o necessário, algumas pessoas podem ter dificuldade na hora de se desfazer. O conselho básico é se fazer algumas perguntas: “há quanto tempo não uso essa peça?”; “isso me traz alegria?” – questione-se.
Para se desfazer e se permitir dar chance à peças novas, a designer de roupas Izabela Sabino, de 24 anos, realizou um bazar virtual do desapego. “Desapegar do que não se usa e liquidar coleções passadas sempre com o objetivo de dar início a um novo ciclo”.
Trata-se de uma espécie de brechó on-line, que acontece pelo Instagram (@bela.desapegos_) com peças usadas e preços reduzidos. Pensando em todos os benefícios desse tipo de comércio, principalmente durante a pandemia, ela conta que não teve dúvidas que daria certo e investiu na ideia. “Ultimamente tudo ficou mais caro, e tem umas peças que eu amo, mas que eu não uso. Tem coisas que agora eu coloco e vejo que não tem mais nada a ver comigo. Limpei meu guarda-roupas e resolvi vender para poder ganhar um dinheiro extra”, contou a designer.
A psicóloga Alba Sampaio explica que deixar a casa organizada traz benefícios mentais. “Arrumar o externo, organiza o interno; o ambiente organizado e limpo ajuda o cérebro a receber mensagens organizadamente. Um ambiente assim faz com que nós organizemos internamente”.
A profissional ainda comenta sobre o alívio e o bem-estar de ter um quarto limpo e arrumado, por exemplo. “Já percebeu que quando você acaba de arrumar seu quarto, dá um certo alívio? Faz com que a gente goste de ficar no espaço. Busque organizar o seu tempo; quando você consegue organizar o seu espaço você consegue organizar outras questões da própria vida”, destacou.
O momento da organização precisa ser prazeroso, por isso, é importante começar por etapas. A empresária Elisa Santos realiza os desapegos durante todo o ano; ela faz as doações das peças, sapatos ou assessórios tanto para um bazar solidário, quanto para pessoas conhecidas ou que precisam. Ela ressaltou que não repõem o que tira, só quando necessário. Ainda afirma que nunca ficou apegada às roupas ou aos sapatos; sempre realizou as doações. As “arrumações”, sempre acontecem nos fins de semana. Na sexta-feira e no sábado; separa, experimenta e realiza as escolhas. Já no domingo, termina e desapega. “Na “limpa” mais recente, eu achei dois vestidos que eu tinha comprado início do ano e que ainda não tinha usado; experimentei e agora vou colocar em uso”.
A cultura do desapego acaba se tornando um estilo de vida para quem dá uma chance à prática. Por conta da pandemia pela Covid-19, foi um ano complicado em vários aspectos, porém, 2021 vem para renovar as esperanças de dias melhores e por que também não o guarda-roupas? “Às vezes, tem peças de roupa que a gente quase não aproveita ou nem usa mais e tem gente que realmente aproveitaria muito mais do que nós. Tem roupa que não adianta ficar no armário”, comentou Elisa.
“Diante daquilo tudo que você viu, faça doações, a importância da empatia, somos gratos por ter roupas. Desfazer daquilo, energeticamente, é melhor. Abra espaço para coisas novas; roupas novas. Entrar em 2021 com um pensamento novo, positivo e articulado”; finalizou Alba.
*Por Alice Mourão; para o site da Revista Sou
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