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“É impossível uma pessoa de 1,60m e 48kg ter me ferido desta forma”, disse Gabriel sobre crime em Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 2 de maio de 2022 às 11:55
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Após a namorada, Lívia Lima, ter sido indiciada pelo crime de lesão corporal grave por conta dos ferimentos que Gabriel Muniz sofreu no dia 16 de janeiro deste ano na Praia do Ermitão, em Guarapari, o rapaz de 20 anos, que teve o abdômen aberto e parte do intestino removido, gravou um vídeo onde defende a namorada e mantém a versão dos dois que havia uma terceira pessoa no local que seria a responsável pelo crime.
“Nós queríamos evitar exposição e decidimos não falar. Mas o caso tomou uma dimensão tão grande, que foi necessário eu vir aqui para expor a verdade”, disse Gabriel no início do vídeo.
De acordo com o rapaz, a namorada é tão vítima quanto ele e não fez nada. “Ela também sofreu muitos ferimentos, inclusive traumatismo na cabeça, e tinha vários ferimentos de defesa na mão. Só que ninguém fala sobre isso. Nós também fomos roubados, levaram meu celular, a caixa de som dela e dinheiro que tinha na bolsa, que foi vasculhada. Tinham até umas notas caídas no chão próximo a nós. Mas parece que isso também não foi levado em conta”.
Gabriel continua o vídeo falando sobre os acessos ao Morro da Pescaria, local que leva até a Praia do Ermitão. “O Morro é aberto e tem vários acessos, como pela mata e pedras, e provavelmente foi em um desses locais que a terceira pessoa entrou e saiu. Mas só mostraram a entrada principal que tem duas câmeras, ficou parecendo que só por ali que se pode entrar. No dia mesmo do acontecido nós passamos por três a quatro pescadores que estavam nas pedras”.
Outro ponto apresentado no vídeo, foi que o resgate só foi possível através do celular de Lívia. “O meu já havia sido roubado, só conseguimos socorro quando achamos o celular da minha namorada e chamamos pelos pais dela. Foi o que nos salvou”.
No entanto, o momento que mais chamou atenção durante todo relato foram as lembranças que Gabriel descreveu. “Tenho a lembrança de ter sido golpeado, a sensação de nocaute. E quando comecei a ter essa sensação, olhei para o lado e minha namorada estava deitada na canga há uns 10 metros de mim. Tenho essa imagem vívida. Eu nunca tive dúvidas, assim como a minha família, de que ela não é a culpada”, enfatizou.
E continuou. “Tive muitas fraturas, no seio direito do rosto, o nariz quebrado, pancada forte na testa e a boca foi aberta ao meio. Por isso precisei de um cirurgião facial para reconstruir o rosto. E na concepção desse profissional, é impossível uma pessoa de 1,60m e 48kg ter feito tanto estrago. Foi alguém com força e um objeto contundente, e provavelmente canhoto devido as lesões terem sido do lado direito”.
Gabriel também alertou para as notícias falsas que saíram. “Mostraram um laudo falso que dizia que eu tinha alta dosagem de fentanil no corpo, o que não é verdade. Algumas coisas foram expostas de forma conveniente. O tempo todo foi mostrado e falado sobre os meus ferimentos, mas nada sobre minha namorada, que foi muito machucada também. Ela é apenas uma vítima como eu. E todas essas notícias atrapalham o processo, além de nos deixar abalados e sofrendo muito. Não queria mais exposição, mas chegou o momento de falar a verdade”.
E reforçou mais uma vez: “Nunca tive dúvidas que foi outra pessoa que fez isso, ao contrário do que eu vi por aí. Ficamos abalados com a repercussão do caso, mas estamos nos ajudando muito. Estamos todos muito unidos e bastante confiantes que iremos provar a inocência dela”, finalizou.
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