Em coletiva, Wendel Lima contesta legitimidade da eleição do novo presidente da Câmara de Guarapari

Segundo o atual presidente da Câmara, a eleição foi feita de forma arbitrária.

A coletiva de imprensa aconteceu ontem no gabinete de Wendel Lima. Foto: Reprodução.

Em uma coletiva na tarde de ontem (30), o vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Guarapari, Wendel Lima, declarou nula a eleição que aconteceu às 10h, também dessa sexta-feira, na Casa de Leis, que elegeu Enis Gordin (PEN) como novo presidente do órgão para o biênio 2019/2020.

Segundo Wendel Lima, a decisão de adiamento da eleição foi feita por causa de uma reunião extraordinária para a qual foi convocado pelo prefeito e estava dentro do regimento. “O presidente da câmara é o único que tem legitimidade para chamar uma sessão de eleição. A lei orgânica é muito clara, não existe prazo para o cancelamento. A qualquer momento pode ser cancelado. Se algum colega fez outra interpretação, foi equivocada”, declarou.

Wendel ainda disse que a eleição não poderia ser feita sem a presença dele. “Só pode ter substituição contínua da mesa diretora em um momento de afastamento ou de licença do titular da mesa. Em momento algum eu estava de atestado ou estava afastado das minhas atividades. Não tinha sessão às 10h da manhã, estava cancelada”, destacou.

Sobre a eleição de Ênis Gordin por unanimidade dos 11 vereadores presentes, Wendel disse que a votação deverá ser feita novamente no dia 20 de dezembro às 10h. “Se os vereadores estão com chapa formada, eles vão ter que repetir a dose no dia 20, mas eles terão que aguardar o dia 20 chegar”, disse.

Também de acordo com atual presidente da câmara, foi feito um boletim de ocorrência por usurpação.

Em tempo

Na noite de quinta (29), o presidente da câmara, Wendel Lima havia adiado a eleição que aconteceria no dia seguinte, porém os vereadores decidiram seguir o cronograma já agendado, alegando que o adiamento era ilegítimo.

Segundo os vereadores, o prazo para solicitar alguma alteração na eleição seria de cinco dias anteriores a ela, por isso, elegeram Enis Gordin (PEN) como o novo presidente por unanimidade.

11 vereadores estavam presentes na câmara municipal e escolheram Ênis Gordin como presidente da câmara. Foto: Aline Couto.

Sobre a possibilidade do atual presidente entrar na justiça contestando a eleição, o vereador Ênis Gordin disse que é um direito dele recorrer à justiça, mas afirmou que a eleição foi totalmente regimental. “O próprio Wendel fez a eleição nos trâmites legais, com ofício e telegrama mandados cinco dias antes. Ele já havia trocado a data do dia 20 de dezembro para 30 de novembro e hoje quis voltar para dia 20. Ele tinha certeza que seria reeleito até registramos a nossa chapa na tarde ontem. Para cancelar essa eleição de hoje, ele deveria ter feito os mesmo procedimentos legais. Nós temos um regimento interno aqui, acho que Wendel não leu”, enfatizou.