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Em meio a insegurança, comerciantes tentam retomar a normalidade em Guarapari
Por Gabriely Santana
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 12:24
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Pelo quinto dia seguido, escolas e postos de saúde permaneceram fechados em Guarapari, mesmo com a presença do Exército nas ruas da cidade. O movimento de carros ainda é pequeno e os ônibus continuam sem circular. Mas uma luz no fim do túnel vem surgindo para alguns.
O comércio também estava com as portas fechadas, com exceção de algumas padarias, supermercados e lojistas que tentam enfrentar o medo e de alguma forma retomar a normalidade.Vários deles com muitas filas, já que há dias as pessoas não conseguiam achar um local aberto para comprar alimentos ou pagar contas. A lotérica do Centro, por exemplo, estava com uma enorme fila.“As pessoas estão com medo de sair e passando necessidade e infelizmente temos contas a pagar”, conta a empregada doméstica que trabalha em Meaípe, Sonia Alves. Ela está sem trabalhar por falta de condução até o local.
Alguns passeavam durante a manhã e até entravam em lojas. “Mas o movimento aqui está quase zerado comparado aos dias normais. Estou abrindo minha loja só até às duas da tarde, geralmente ficava até as 18h”, contou Conceição que é proprietária de uma loja de roupas. Ela disse ainda que se mais comerciantes abrissem as lojas seria mais seguro e aumentaria o trânsito de pessoas
Para Paulo Alves, que é dono de padaria, um dos serviços mais essenciais para a população, abrir o comércio é uma forma de mostrar que a vida continua. “Não podemos perder essa guerra. Temos que nos manter firmes e continuar”, completou. O turismo na cidade diminuiu bastante nos últimos dias. Um funcionário de um hotel, que preferiu não se identificar, contou que, nesta semana, dezenas de cancelamentos foram feitos inclusive para a época do Carnaval.
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O Exército tem feito um patrulhamento ostensivo, circulando pelos bairros e com parada fixa em algumas praças. Hoje pelas manhã a reportagem flagrou alguns soldados na pracinha do Bradesco e circulando em alguns pontos do Centro. Atitude que agradou alguns comerciantes, mas desagradou moradores de bairros periféricos.
“Sou moradora do bairro Kubitschek e não estamos aguentando a onda de assaltos por aqui. Eles (exército) não podem esquecer que existem pessoas que moram em outros lugares e que precisamos de segurança por lá também”, disse uma mulher que não quis se identificar.
Já o comerciante Elias Lucas, natural do Rio de Janeiro, aplaude a atitude dos militares. “Tenho três filiais de lojas no Rio de Janeiro e estou em Guarapari há 45 dias. Lá no Rio estamos acostumados com a insegurança. Mas não podemos perder para a bandidagem. A sociedade percebeu com isso que a Polícia Militar é importante. Agora temos que vencer o medo e voltar para as ruas”.
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