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Entrevista: médico de Guarapari explica aumento de doenças respiratórias no inverno
Por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 3 de julho de 2022 às 15:00
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Com a chegada do inverno, cresce a preocupação com as doenças respiratórias comuns nesse período do ano. Para tirar algumas dúvidas sobre o assunto consultamos o dr. Rogério Zanon. Em entrevista ao Folha Online, ele explicou como funcionam essas doenças e deu dicas que podem ser úteis para o fortalecimento da imunidade do corpo.
O médico também ressaltou a importância da vacinação, do uso das máscaras e do distanciamento como medidas para evitar a proliferação da covid-19 e outras doenças. Confira a entrevista abaixo.
Folha: Quais são as doenças respiratórias mais comuns nessa época do ano?
Dr. Rogério: São as patologias sazonais que temos no inverno. É o indivíduo que tem tendência a asma ter mais crises de asma ou o indivíduo que tem mais tendência a bronquite ter mais crises de bronquite. São doenças pulmonares obstrutivas crônicas, que dão a famosa falta de ar. Um exemplo é a asma, que é uma doença pulmonar violenta e o enfisema, que já é mais crônica e em crianças é muito raro. Ela é muito mais comum em adultos, principalmente no adulto fumante.
E hoje vivemos uma situação muito pior que é a Covid-19, que é uma patologia muito grave e tem manifestações de maneiras mais bizarras possíveis. Na minha opinião, foi muito precipitado e irresponsável a retirada precoce das máscaras. Isso foi crucial para hoje estarmos com o agravamento de covid.
Folha: Existe uma forma de se prevenir de doenças como a gripe, por exemplo?
Dr. Rogério: A tríade da saúde em relação a essas doenças é a boa alimentação, ingestão de água em abundância e sol. E dois outros fatores importantíssimos que são o uso de máscara e o distanciamento. Serve para qualquer patologia respiratória.
Folha: Com a covid-19, quais são os sintomas que devem preocupar mais nesses casos? Em que momento se deve procurar um teste?
Dr. Rogério: Qualquer indivíduo que tenha hoje sintomas de caráter respiratório, se está com tosse, tem febre, desconforto na garganta ou um desconforto respiratório pequeno e coriza. Esse indivíduo deve fazer um teste. Se alguém diz ‘Ah, doutor, nesse final de semana fui em uma festa tive contato com os amigos e um amigo nosso ligou pra gente dizendo que testou positivo’, faz o teste logo. É o fator aglomeração, onde tem mais risco.
Folha: Qual a importância da vacinação contra a gripe?
Dr. Rogério: A vacina da gripe, chamada Influenza, tem uma credibilidade grande, porque ela teve tempo hábil de ser testada e tem a eficiência clínica. Haja vista que ela já está no calendário de vacinação há muitos anos.
Folha: O senhor gostaria de acrescentar alguma mensagem?
Dr. Rogério: Gostaria de deixar o meu reconhecimento e meus parabéns aos grandes heróis da pandemia, que foram os médicos, os enfermeiros, os técnicos de enfermagem, os bioquímicos, os técnicos de laboratório e a turma que ficava colhendo os testes. Esses são heróis. O pessoal da limpeza que trabalhou nos hospitais e nos postos de saúde. Foram o batalhão de frente e, principalmente, responsáveis por não ter tido uma catástrofe muito maior, não só no município, como no Brasil e no mundo. Tem que valorizar muito a classe médica, de enfermagem e limpeza.
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