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Entrevista: Rafael Vaillant e os 15 anos de impacto social da Igreja Coroado em Guarapari

Pastor contou sobre sua trajetória e missão na Igreja

Por Carolina Brasil

Publicado em 15 de dezembro de 2024 às 18:00

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Rafael Vaillant 2 1 - Entrevista: Rafael Vaillant e os 15 anos de impacto social da Igreja Coroado em Guarapari
Fotos: acervo pessoal

Aos 38 anos, o filho caçula da Dona Lúcia, marido da Brenda, e pai da Pietra (9) e do Vicente (in memoriam), não tem dúvidas ao afirmar que a igreja é esperança, e que ser pastor foi o chamado que Deus o fez quando ainda tinha 13 anos. Para Rafael Vaillant, líder da Igreja Coroado, a missão religiosa está intimamente ligada a assistência social, ao acolhimento e a mão que todo ser humano deve estender ao outro. Firme no propósito de “SER” – servir, ensinar e restaurar –, ele contou um pouco dessa trajetória ministerial consagrada há 15 anos. Confira!

Nos conte sobre essa decisão de ser pastor e da criação da Igreja Coroado?

Pr. Rafael Vaillant: Eu era membro da Segunda Igreja Batista em Guarapari e, durante um culto, entendi o meu chamado e decidi que seria pastor. Estava com 13 anos e passei a servir na igreja de maneira voluntária até os 18 anos, quando fui para o Seminário, sendo consagrado cinco anos depois e começando a minha caminhada como pastor. Inicialmente, a Igreja Coroado era um extensão da Segunda Igreja Batista, mas passamos pelo processo de emancipação em 20 agosto de 2011.

A Igreja Coroado é reconhecida especialmente pelo trabalho social que faz; por que essa importância?

Pr. Rafael: No começo, em 2013, eram atuações em uma rede solidária, em parceria com outras entidades; mas, aos poucos, fomos ampliando para iniciativas próprias e cada vez mais abrangentes, atendendo necessidades de crianças, jovens, homens e mulheres. Acreditamos que não é olhar só a alma, e sim o ser humano como um todo; o céu não começa quando eu morro, o céu começa quando eu entrego a minha vida para Jesus e a igreja tem esse papel de desenvolver o ser humano como um todo – corpo, alma e espírito. Em 11 anos, quase 10 mil pessoas já foram atendidas pelas ações sociais da Igreja Coroado que incluem saúde, educação, esporte e cursos profissionalizantes, por exemplo.

IMG 3862 - Entrevista: Rafael Vaillant e os 15 anos de impacto social da Igreja Coroado em Guarapari

E o que mais podemos citar?

Pr. Rafael: Todos os sábados, atendemos de 80 a 100 crianças no Lameirão com recreação, alimentação e estudos; também aos sábados, levamos atendimentos sociais, rodas de conversa e apoio aos ciganos que vivem em Jabaraí. Já aqui na sede da igreja, diariamente, temos profissionais de diversas áreas (psicologia e psicanálise, atendimento jurídico e de assistência social, neuropsicopedagogia, psicopedagogia, psicomotricidade, terapias, nutrição, fonoaudiologia e fisioterapia) com atendimentos a preços populares. Temos também um braço social em Perocão e ações missionárias que realizamos nas comunidades de Boquira e Caturama, no sertão da Bahia. Recentemente, iniciamos um projeto lindo que se chama Talmidim. São 12 crianças em situação de vulnerabilidade social que passam um período do dia na igreja com reforço escolar completo, aulas de inglês, música, acompanhamento psicológico, alimentação, oficinas e atividades externas. Esse projeto tem a proposta de três anos de imersão para que a gente possa dar outra visão de mundo a essas crianças.

E quais os desafios para esses projetos acontecerem, recursos financeiros, pessoas?

Pr. Rafael: Nós temos um braço legal para fazer tudo isso acontecer, que é o Instituto Beneficente Coroado Social (IBC Social), que recebe todos os recursos; a igreja, inclusive é uma mantenedora através do braço religioso com o dízimo e as ofertas, e estamos sempre em busca de recursos de empresas parceiras, que realizam doações e/ou atuam em ações específicas. Acreditamos que a seriedade e a transparência das nossas ações fazem as empresas acreditarem e as pessoas querem mais do que doar, e de fato se envolverem. É por isso que todo nosso recurso humano é voluntário, são pessoas que entenderam a causa, a motivação e o chamado de Deus. Sabemos que é um desafio cultural ser comprometido com uma ação voluntária, o que vemos é o “ajudo quando puder”, mas nós aqui temos tido a graça de contar com pessoas que têm entendido a importância do “se eu não sirvo para servir, eu não sirvo para nada”. A questão é “como posso adorar a um Deus que eu não vejo, e não estender a mão para quem está ao meu lado?”. Quando entendemos isso, compreendemos a nossa natureza como cristãos.

E por falar da natureza de ser cristão, qual o paralelo entre fé e religião?

Pr. Rafael: Eu gosto de fazer uma separação. As religiões, elas acabam nos distanciando de certa maneira, pois elas são falhas ao serem uma tentativa do homem de trilhar um caminho até Deus. Mas a fé, essa muda tudo, a fé ressignifica nossa vida e nos fortalece. Temos um senso comum de achar que a fé facilita, ou seja, se tiver fé, as portas vão se abrir. Só que a fé é para fortalecer, não facilitar. Eu passo por momentos ruins, difíceis, mas eu não me abalo porque a fé me fortalece, a fé não move os braços de Deus, mas ela move as minhas pernas para ir na direção do propósito que Deus tem para mim; é nisso que se baseia nossa missão espiritual e religiosa.

*Conteúdo publicado originalmente na edição 57 da revista Sou.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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