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Entrevista: Sérgio Mileipe, diretor da Samarco, fala sobre os 45 anos da empresa
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 27 de agosto de 2022 às 13:41
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A Samarco completou, no dia 24 de agosto, 45 anos. Em entrevista ao Folha Online, o diretor de Planejamento e Operações, Sérgio Mileipe, falou sobre as ações da empresa, que definiu um propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável para sua nova jornada, iniciada em 2020, e o que planeja para o futuro.
Ao longo desses 45 anos de história, quais foram os principais avanços da Samarco?
Tivemos muitos marcos, com iniciativas inovadoras importantes para o crescimento e a transformação da empresa. Em nossa longa trajetória, destaco as construções das usinas de pelotização, o nosso pioneirismo na lavra de minério de ferro de baixo teor e o transporte da polpa por mineroduto, que foi o primeiro do país com essa finalidade e considerado, por mais de três décadas, o maior do mundo para o transporte de minério de ferro. Outro projeto no qual estamos trabalhando, que também exemplifica nossa busca constante por inovação, é o estudo sobre o uso de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, em complementação ao calcário. Divulgamos essa pesquisa em junho, durante a ABM Week, e pretendemos adotar mais essa boa prática de sustentabilidade.
A empresa também adotou novas tecnologias para garantir a segurança das operações ou isso é um planejamento para longo prazo?
Já estamos percorrendo o caminho para uma mineração mais segura e sustentável. Desenvolvemos várias ações nesse sentido. Entre elas, adotamos um sistemapara filtrar 80% dos rejeitos arenosos para empilhamento a seco. Os 20% restantes são dispostos em cava, espaço rochoso confinado. Retomamos nossas operações sem barragens de rejeitos em nosso processo de produção. Temos cerca de 1.500 equipamentos exclusivos para o monitoramento de todas as nossas estruturas geotécnicas. Atualmente, estamos operando com 26% da nossa capacidade produtiva, conforme o nosso planejamento técnico, que prioriza a segurança das operações e, consequentemente, de todas as pessoas envolvidas.
Então a empresa continua operando com 26% da capacidade? Esse percentual é suficiente para atender as expectativas da empresa?
Mesmo com essa capacidade reduzida, conseguimos alcançar a produção acumulada de 11,9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro, desde dezembro de 2020 e até junho deste ano. Sabemos da importância da mineração para contribuição do desenvolvimento econômico dos territórios, onde a empresa atua, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Esse volume foi fundamental para gerar retorno em tributos. Registramos mais de R$ 1,6 bilhão de tributos gerados no mesmo período, incluindo aqueles gerados por fornecedores em compras para a Samarco.
Em se tratando de desenvolvimento para o território, a empresa mantém algum projeto específico para o Espírito Santo?
Fazer uma mineração diferente também significa compartilhar valor com os territórios que nos recebem. Nesse sentido, temos a nossa Política de Investimento Institucional e Social, justamente para apoiar projetos que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do estado. Temos dois exemplos recentes de parcerias que nos trouxeram grande satisfação em contribuir. Um deles é a doação de equipamentos para estruturação do Hospital Cidade, em Guarapari. Iremos comprar as máquinas necessárias, com recursos da ordem de R$ 4 milhões. O outro trata-se da assinatura de um termo de doação com o Movimento Empresarial do Espírito Santo – ES em Ação para doação de R$ 1 milhão ao projeto de restauro e reabilitação do Radium Hotel, em Guarapari. Gostaria de agradecer a oportunidade e destacar que temos motivos para acreditar que ainda teremos muito a contribuir a partir do retorno gradual das operações. Assim, seguimos juntos aos nossos empregados e empregadas, para chegar aos 50 anos de trajetória da empresa com outros importantes avanços.
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