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Entulho, alagamentos e até quadra abandonada…
Por Glenda Machado
Publicado em 16 de julho de 2015 às 21:43
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Essas são algumas reclamações dos moradores de Santa Mônica
Santa Mônica, uma região esquecida pelo poder público? Se essa pergunta for feita aos moradores locais, a maioria vai responder que sim. Entre os problemas vividos hoje por conta do descaso, eles destacam os alagamentos em dias de chuva, a falta de limpeza pública na parte alta do bairro e o abandono da quadra de futebol na Rua do Mercúrio.
QUADRA ABANDONADA
O presidente da Associação de Moradores de Santa Mônica, Denizart Luiz do Nascimento, conta que a quadra society foi inaugurada em fevereiro do ano passado e faz parte do projeto Campo Bom de Bola do Governo do Estado. No entanto, que a prefeitura não cumpre com o seu papel já que é de sua responsabilidade a manutenção do espaço esportivo.
“Antes, tinha uma pessoa responsável pela quadra que cobrava R$ 5 por pessoa para jogar. A quadra ficava até trancada. Com o tempo, não vinha mais ninguém para tomar conta. Então, os moradores da região arrancaram o cadeado, quebraram a porta e agora fica aberta, mas falta cuidado”, afirma um morador da Rua Mercúrio. Ele não quis se identificar.
Mas este não é o único problema. Sem iluminação, o presidente ressalta que à noite vira um verdadeiro ponto de uso e tráfico de drogas. “Nós já pedimos ajuda, protocolamos ofícios na prefeitura, mas a nossa administração simplesmente virou as costas. Não podemos deixar acabar assim um investimento alto do Estado”, desabafa Denizart.
A Prefeitura, por meio de nota, esclareceu que “a Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Turismo tem convênio formatado com a Associação Salvamar, que tem realizado constante manutenção no local, além da coordenação de um subgerente de Esportes”. Então, o Folha da Cidade foi questionar a Associação Salvamar. Mas a resposta foi um pouco diferente.
“Na época, a prefeitura nos procurou porque precisava de uma entidade regularizada para a liberação da quadra do Estado para o Município. E a associação de moradores não tinha CNPJ. Mas foi um acordo para viabilizar a transação para a prefeitura, que é a única responsável pela manutenção da quadra”, explica o presidente da Associação Salvamar, Sebastião Machado.
RUA ALAGADA
Outro problema é quando chove. Segundo os moradores, várias ruas viram verdadeiros “piscinões”. “Aqui na Rua Mercúrio é o encontro de duas ruas e não tem drenagem. A prefeitura alega que a tubulação tem que passar pelo quintal de duas casas, mas os moradores já liberaram e até agora nada foi feito. Também já protocolamos diversos ofícios pedindo ajuda”, afirma o presidente.
Uma das casas onde tem que ser instalada as manilhas tem marcas na parede da água da chuva que atinge 70 cm. “Houve um papo de que os moradores teriam que dar as manilhas, os tubos, e a prefeitura arcaria apenas com a mão de obra. O dono da casa disse que dava o material, mas que fosse feito o quanto antes. Nem assim, a prefeitura se mobilizou”, conta o vizinho que preferiu não se identificar.
A Prefeitura, por meio de nota, disse que a “Secretaria Municipal de Obras já está com o projeto de drenagem sendo elaborado para posterior licitação”.
ENTULHO POR TODO O LADO
“Na parte alta do município tem mais de sete meses que o entulho não é recolhido, naquelas ruas à esquerda da Rodovia do Sol, sentido Guarapari – Vila Velha. Já protocolamos ofícios na prefeitura e na Codeg. Até arrumamos um lugar para jogar todo esse material, até poda de árvore, mas fica lá. Ninguém vem buscar”, disse Denizart.
A Prefeitura, por meio de nota, explicou que “mesmo não sendo de responsabilidade do município, a coleta de entulhos é feita por uma patrulha do Departamento de Limpeza Pública da Codeg. O objetivo é evitar que a cidade sofra com o amontoamento em logradouros públicos provocado pela prática irresponsável de descarte”.
Ainda informou que o descarte é de responsabilidade de seu gerador de acordo com o Código de Postura, lei 1258/1990 e lei 12.305/2010. “Esta prática é considerada crime ambiental e contra a saúde pública. O cidadão acredita não ter responsabilidade alguma sobre o problema, empurrando sua obrigação ao órgão público”, consta na nota.
A Prefeitura também destacou que o bairro com o maior índice de entulhos em vias públicas é Santa Mônica. “A Codeg tem programação a seguir, mas garante que vai adotar as providências necessárias. Inclusive, recentemente, fizemos ações em Perocão, Santa Mônica e Setiba. Momento em que tiramos vários caminhões de entulhos”.
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