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Escolinha do Zico: até craque precisa driblar dificuldades em Guarapari
Por Glenda Machado
Publicado em 16 de março de 2016 às 22:54
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Depois do alarde para anunciar um projeto com nome de craque, as dificuldades já começam a aparecer. A Escolinha do Zico começou a funcionar em 17 de agosto, contemplando 150 crianças de 8 a 15 anos. Um convênio no valor de R$ 190 mil para um ano firmado entre o município e o Projeto Golaço Social – Escola Zico 10. Até aí, o time estava ganhando a partida. Mas desde dezembro, a equipe está driblando diversas dificuldades: falta de local adequado para os treinos, salários atrasados e evasão dos alunos.
“A ideia inicial era treinar no campo do Adalberto Simão Nader. Mas em dezembro, a prefeitura transferiu para o Ginásio do Polivalente. O problema é que o projeto é futebol de campo e lá é futsal, então a técnica muda, os equipamentos mudam, tudo muda. Muitos pais também estão deixando de trazer os filhos alegando dificuldades pela distância. Também ficamos dois meses sem receber, porque o projeto só pode nos pagar depois que a prefeitura faz o repasse. Recebemos o salário de janeiro em março”, contam os professores do projeto.
De acordo com eles, se a prefeitura der uma posição de que não vai voltar para o campo facilitaria o trabalho. “Se tivermos uma decisão, a gente entra em contato com o projeto e pede para trocar o material. Esse não é o problema. E aí, os pais que não puderem realmente trazer os filhos abrem a vaga para outras crianças. O que não pode é ficar desse jeito. Para resolver esse problema de evasão, foram disponibilizados agora mais 70 kits por conta do projeto”, desabafam os professores.
Eles ainda contam que além dos 150 kits, o projeto ainda tinha disponibilizado mais 20 vagas sem custo adicional para o município e contratou mais um professor, além dos três previstos no projeto. Até dezembro, estavam trabalhando com 170 crianças. Hoje, segundo alguns pais, não tem mais de 60 crianças. O Folha da Cidade chegou a ligar para as 13 escolas participantes do projeto, oito delas falaram que o projeto tinha sido encerrado no ano passado e as outras cinco não conseguimos contato. Mas a prefeitura garante que está funcionando normalmente.
“Saímos do campo para arrumar, pois com o uso, a grama precisa de cuidados. Houve um recesso de fim de ano por conta do Natal e do Réveillon. Mas está funcionando normalmente, segunda, quarta e sexta, das 9h às 11h e das 15h às 17h. Os pais devem levar ao ginásio do Polivalente. Ainda não temos prazo de quando vai voltar para o campo”, afirmou a secretária de Educação Diana Márgara. No entanto, em duas visitas ao ginásio: uma semana de manhã e na outra à tarde, tinha 15 alunos e 6 alunos, respectivamente.
A previsão era voltar para o campo na primeira semana de março. Mas os moradores do bairro não estavam muito satisfeitos. Lideranças comunitárias, que preferiram não se identificar, contaram que a prefeitura tinha usado o campo e depois saído sem arrumar nada. Uma semana depois, já informaram que o município estava dando manutenção. A nossa equipe tentou contato telefônico e por email com o projeto, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Mesmo com tantos impasses, os professores do projeto ainda estão tentando marcar o gol.
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