Especial Mulher: moda e as conquistas femininas
Por Aline Couto
Publicado em 10 de março de 2021 às 12:15
Atualizado em 10 de março de 2021 às 12:15
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Apresentamos mais uma reportagem da série especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher e destacando os principais aspectos da relação mulher e sociedade. Ao longo da semana, você confere uma matéria por dia, com aspectos, características, opiniões e depoimentos de especialistas da área para o contexto do tema em questão.
Nesta quarta-feira (10), os avanços e as mudanças na moda em paralelo às conquistas femininas durantes os anos. Podendo ser claramente descrito como costumes e tendências quanto a forma de vestir, a moda ao longo da evolução foi mostrando um significado libertador para cada mulher, que é única e tem os próprios contextos.
A moda sempre teve um lugar de fala sobre o papel social da mulher. Pelo poder feminino e a igualdade de direitos. O que há pouco tempo era difícil de encontrar, modelos iguais de roupas para todos os tipos de corpo, atualmente muitas lojas já oferecem. “Todas nós queremos o mesmo: beleza, qualidade, conforto e praticidade. Temos uma vida muito ocupada e essa opção tem que ser fácil de achar. As mulheres são múltiplas e têm o direito de se sentirem bem como quiserem. A escolha da vestimenta cabe a cada uma, mas o respeito é dever a todos”, disseram Eduarda Guimarães Ribeiro e Juliana Guimarães Meriguetti, proprietárias da DuJu.
As empresárias sempre foram antenadas as novidades da moda e ao estilo próprio de cada mulher, a identificação individual. “Sempre trabalhamos com uma única marca, Amabilis, para um público mais específico. Mas observamos que poderíamos ampliar e diversificar esse público, mantendo o mesmo padrão de qualidade, estilo e elegância. Hoje trabalhamos com um mix de opções em roupas femininas que atende mãe, filha, avó, prima. Todas”.
Separadas por estações, as novas coleções de roupas costumam ser lançadas em cada época, mas Juliana acredita que o “ditar moda” foi evoluindo e hoje as peças são mais clássicas e atemporais e podem ser usadas em todas as estações. “O lançamento de coleção já não é mais imposto, agora são cápsulas que orientam quanto as cores e tendências. Peças de determinada estação não ficam mais guardadas no armário. Há uma evolução nas roupas, estão mais sustentáveis e os looks podem ser repaginados sempre”.
Sobre a ditadura da beleza ainda imposta pela sociedade, Eduarda acredita que as mulheres não ficam mais presas a isso. “Está acontecendo esta aceitação, as mulheres não ficam mais presas as ditaduras da moda e estão sendo representadas por modelos reais. Não existe um padrão específico de corpo, cada mulher tem uma personalidade própria a ser respeitada. Independente do corpo, a mulher tem que ser sentir bem e vestir o que quiser”.
Também empresária de moda feminina, Regina Bretas, proprietária da Vivar, reforça o mesmo pensamento. “Não existe roupa específica para cada tamanho de corpo, do PP ao GG podem usar o que quiserem. Quem inventou esse padrão? É o mesmo que dizer que o tipo de roupa usada define a mulher. Não há mais espaço para essas limitações da moda. A tendência daqui para frente são roupas sem gênero, unissex. Temos um novo olhar para a moda, mais sustentável e eclético, com uma maior aceitação e inclusão. O preconceito tem diminuído”.
Para Regina, através da moda as mulheres conseguem se expressar e comunicar. “Roupa é estilo de vida. Antigamente, era tudo muito engessado; mas com as conquistas políticas o empoderamento feminino foi crescendo e a moda ganhando mais liberdade. Ainda conseguiremos muito mais”, finalizou.
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