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Estado envia notícia-crime ao MP após entrada de deputados em hospital do ES
Os seis parlamentares capixabas fizeram uma visita surpresa ao Hospital Estadual Dório Silva, na Serra. O fato foi repudiado pelo Governo do Espírito Santo, que classificou a atitude como “invasão”
Por Aline Couto
Publicado em 17 de junho de 2020 às 13:51
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Uma notícia-crime contra os deputados estaduais Danilo Bahiense (PSL), Capitão Assumção (Patriota), Vandinho Leite (PSDB), Torino Marques (PSL), Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Carlos Von (Avante), que é de Guarapari, foi apresentada pela Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo (PGE) na segunda-feira (15).
Na última sexta-feira (12), as parlamentares foram ao Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, referência no atendimento aos pacientes infectados pelo novo Coronavírus (Covid-19) no estado, e a PGE considerou o fato como invasão das instalações do hospital. Um dia antes, durante uma transmissão ao vivo, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, incentivou a população a entrar em hospitais para verificar e filmar a ocupação de leitos de UTI que recebem os pacientes da Covid-19.
De acordo com a notícia-crime, os deputados teriam cometido invasão das instalações do Hospital Dório Silva e transitado entre as alas do local, inclusive no setor de isolamento, sem a observância dos protocolos sanitários. Assim, teriam provocado risco de contaminação de servidores e pacientes, além dos próprios parlamentares.
Por isso, a Procuradoria do Estado enviou o documento ao Ministério Público para a apuração dos fatos, que podem ser enquadrados no artigo 268 do Código Penal: “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”.
Outro lado
Segundo declarações feitas pelos deputados, a visita no hospital aconteceu por motivo de denúncias recebidas por eles para investigarem as condições de trabalho no local. Os parlamentares afirmaram que o ambiente não foi invadido e classificaram a ação como de fiscalização. Eles ainda disseram que o ato nada teve a ver com a fala de Jair Bolsonaro no último dia 11.
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