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Falta de pagamento deixa escolas sem merendeiras e auxiliares de serviços gerais

Por Glenda Machado

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 19:39

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Até os agentes de serviço escolar colocaram a mão na massa hoje, literalmente.

Com a paralisação das merendeiras e de auxiliares de serviços gerais terceirizados, os demais profissionais que atuam nas escolas da rede municipal de ensino tiveram que por a mão na massa – literalmente. A classe fez um protesto ontem pela manhã na frente da Secretaria Municipal de Educação. O motivo é o atraso no pagamento dos salários deste mês.

“Já são 10 dias de atraso e diante do descaso da empresa, da prefeitura e da Secretaria, as trabalhadoras iniciaram a paralisação justamente no Dia do Professor. Isso mostra um pouco como é tratada a educação no município, afinal, para que as escolas funcionem bem, essas trabalhadoras têm que ser respeitadas”, disse o diretor do Sindilimpe, Jorge Conte.

De acordo com uma das profissionais que preferiu não se identificar, os atrasos são corriqueiros e sempre que alguém questiona quando aparece alguém para dar explicação só sabe dizer que não tem dinheiro. “Mas nós temos contas para pagar com data de vencimento e se não pagarmos no dia teremos ainda que arcar com juros”.

O Folha da Cidade entrou em contato com algumas escolas para saber como foi esse primeiro dia com a paralisação. A Cemei Maria José Loureiro Vicente, em Meaípe, que atende 115 alunos, está sem as duas merendeiras. O jeito foi contar com a ajuda das agentes de serviço escolar. “Conseguimos equilibrar, uma das agentes já foi merendeira, então foi mais fácil administrar”, conta uma das funcionárias que não quis se identificar.

Já a Emef Marinalva Aragão Amorin, em Santa Mônica, está sem as três merendeiras e uma auxiliar de serviços gerais. O colégio funciona em tempo integral e atende 395 alunos. “Tivemos que nos adaptar, os agentes de serviço escolar colocaram a mão na massa. Servimos o almoço e o lanche e ainda estamos com programação especial pela semana das crianças, mas por hoje foi tranquilo”, afirma uma das funcionárias que preferiu não se identificar.

Na Emeief Zilnete Pereira Guimarães, na Praia do Morro, os quatro funcionários efetivos estão até dobrando para dar conta dos 770 alunos. Isso porque duas merendeiras e duas auxiliares de serviços gerais aderiram à paralisação. “Não podemos deixar sem merenda e nem liberar os alunos mais cedo ou até perder aula porque depois tem que repor, pois temos que cumprir a carga horária letiva”, ressalta uma das funcionárias que também não quis se identificar.

Cada um está se adaptando como pode, mas todas concordam que se a paralisação continuar na próxima semana será preciso ter uma intervenção da Secretaria de Educação. A nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, mas não houve retorno até o fechamento da matéria.

Já a empresa terceirizada, Instituto Excellence, informou por meio de nota que “o pagamento dos 102 trabalhadores, que era para ter sido realizado no dia 6 de outubro, não foi confirmado devido a falta de repasses de recursos por parte da prefeitura de Guarapari. O Instituto esclarece que o atraso é recorrente, que mantém contato diário com a administração municipal para solucionar o impasse e que está à disposição para os esclarecimentos necessários”.

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