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Falta de patrocínio impede atleta de participar de campeonatos

Por Livia Rangel

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 00:00

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Lívia Rangel

Imagine treinar jiu-jitsu quatro horas por dia, fazer preparação física três vezes na semana, seguir uma dieta alimentar e no final não participar de um campeonato por falta de patrocínio? Essa é a realidade do atleta de jiu-jitsu, faixa marrom, Felipe Simplício. Mais difícil que finalizar um adversário no tatame, é driblar a falta de apoio tanto das empresas da cidade quanto do poder público.

Hoje, ele conta com a ajuda da família para participar das disputas. Também gasta todo o dinheiro que ganha no estágio investindo em sua carreira de atleta. “Guarapari ainda não tem essa cultura de investir em seus atletas. Para as empresas, é uma forma de trabalhar a marca na mídia”.

Com a prefeitura, não é diferente. “Não temos incentivo nenhum dos órgãos públicos, não temos uma secretaria de esportes, não temos bolsa atleta. Em 2012, eu ganhei bolsa atleta de Vitória. Representei a capital e não consigo apoio para representar a minha cidade. Isso é uma vergonha”. 

E o que não faltam são provas da habilidade de Felipe. Em quatro anos de lutas profissionais, já conta com títulos grandes no currículo. Só neste ano, ganhou medalha de ouro no Campeonato Brasileiro Profissional X-Combat, medalha de prata no Panamericano Esportivo e no São Paulo International Open NoGi. E agora se prepara para o Campeonato Sul Americano, nos dias 29 e 30 de novembro, em São Paulo.

felipesimplicio3 - Falta de patrocínio impede atleta de participar de campeonatosPódium do Panamericano em Belém-PA 2014

felipesimplicio4 - Falta de patrocínio impede atleta de participar de campeonatos

Pódium do São Paulo Open NoGi 2014

Apesar de viver o sonho de subir no pódium, a viagem até o tatame é longa. O custo para participar de um campeonato estadual é em torno de R$ 100. Quando é fora do estado, chega a R$ 600. E fora do Brasil, cerca de R$ 3.500. “Tenho alguns apoios. Mas falta aquele investimento maior, de alguém que banque uma passagem ou uma hospedagem. Este tipo de ajuda é difícil encontrar em Guarapari”.

Mas este não é o único sonho de Felipe. Estudante do 4º período de Educação Física, ele pretende montar a própria academia para que a luta também possa mudar a vida de outras pessoas como mudou a dele. “A luta me tornou uma pessoa melhor, mais centrada, responsável, dedicada. Quero fazer o bem a outras pessoas como a luta me fez”.

Quem se sensibilizar e tiver o interesse em ajudar, basta entrar em contato com Felipe: 9 9870-579 / 9 9996-6754 / 9 9621-3456

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