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Férias: só descanso ou estudo também?
Por Livia Rangel
Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 00:00
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Aproximar a família, incentivar a leitura e estimular o aprendizado. Tudo isso é possível com a leitura em família promovida durante as férias escolares pela contadora Kelly Teixeira Costa, 37 anos. Diariamente, ela e o esposo, o corretor de imóveis, Wilson, 44 anos, escolhem um livro com os filhos, Mateus, 2 anos, Tássila, 6 anos, e Agatha, 8 anos. Todos se sentam no quarto das crianças e começam a viagem pelo mundo da imaginação.
“Cada um lê um pouco, depois todos comentam o que mais gostaram da história e o que aprenderam com a lição. Acredito que cria uma familiaridade com o mundo da escrita, o que facilita o processo da alfabetização”, disse Kelly. Além de melhorar a interpretação de texto e facilitar o aprendizado de outras disciplinas, a mãe coruja também garante que é um momento prazeroso em família. “Gosto de dizer que é um momento de união em que as crianças aprendem brincando”, conta Kelly.
E Você tem o hábito de estudar com seus filhos nas férias? Será que o recesso é um período realmente de descanso ou também pode ser aproveitado para um reforço escolar? Com as férias chegando, a nossa equipe ouviu um grupo de especialistas para sanar essa e outras dúvidas. Um item é consenso entre os profissionais: é preciso respeitar o ritmo de cada criança.
“Hoje, o recesso escolar é um período curto. Então, não pode haver um ritmo de cobrança. Se não, a criança já vai chegar cansada no início do ano letivo. É preciso estimular brincadeiras lúdicas e jogos educativos em que o aluno vai aprender de uma forma prazerosa, sem cobrança”, explica a coordenadora pedagógica do Instituto Educacional Jesus Menino, Cristiane Martins da Costa.
Outra dica que foi unânime é o incentivo à leitura. “Os pais devem estimular os filhos a lerem livros infantis, revistas, jornais, cujo conteúdo vai depender da faixa etária. Criar o hábito da leitura é fundamental, porque a criança desenvolve a criatividade e a imaginação além de adquirir conhecimentos, cultura e valores”, ressalta o diretor do Centro Educacional Maxime, Pedro Lucci.
Mas quando o aluno apresenta dificuldades no desempenho escolar, o ideal é retomar os estudos 15 dias que antecedem o ano letivo. A orientação é da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). “A partir dos 8 anos, é recomendável o estudo dirigido caso haja dificuldades escolares. Se houver mérito no desempenho escolar, deixe-o descansar livremente”, afirma a presidente nacional da ABPp, Luciana Barros de Almeida.
E para sair do método tradicional de estudo, os especialistas sugerem jogos de tabuleiro, brincadeiras lúdicas e até sites educativos. “A internet traz um repertório atual e pertinente de conteúdos. Pode ser usada como uma diversificação de estudo, mas sempre com a supervisão de um responsável”, destaca Luciana.
Esquema de estudo nas férias
6 e 7 anos
– Tempo livre, deixe a criança descansar.
– Pode haver estímulo de brincadeiras que levem ao raciocínio, como memória, cruzadinha, caça palavras.
– O mais indicado é a leitura em família.
8 a 11 anos
– Em caso de dificuldade escolar, recomenda-se estudo orientado de 20 a 30 minutos dos conteúdos no ano anterior.
– Dependendo do ritmo da criança, pode variar de 3 a 5 vezes na semana nos 15 dias que antecedem o ano letivo.
– Jogos de tabuleiro, leitura de livros e sites educativos podem diversificar o estudo.
12 a 14 anos
– Em caso de dificuldade escolar, estudar de meia à uma hora por dia, trabalhando uma matéria específica por dia nos 15 dias que antecedem o ano letivo
– Trabalhar com assuntos da atualidade por meio da leitura de revistas e jornais é uma forma de diversificar o estudo.
– Jogos online que trabalham com metas, raciocínio, memória podem ajudar.
15 a 17 anos
– Em caso de dificuldade escolar, estudar pelo menos uma hora por dia, trabalhando uma matéria específica por dia nos 15 dias que antecedem o ano letivo.
– Fazer listas de exercícios para fixação da matéria é recomendado nessa faixa etária.
– Trabalhar com assuntos da atualidade, seja por leitura, programas televisivos e sites de informação, pode diversificar o estudo.
Fonte: Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp)
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